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Política

- Publicada em 20 de Novembro de 2016 às 15:49

Para Brum Torres, extinguir a FEE seria 'um desastre'

Brum Torres disse a Búrigo que preservar a FEE assegura inteligência e dados sobre o Estado

Brum Torres disse a Búrigo que preservar a FEE assegura inteligência e dados sobre o Estado


fotos: JONATHAN HECKLER/JC
Patrícia Comunello
"Seria um desastre", critica João Carlos Brum Torres, filósofo e ex-secretário de Planejamento em dois governos peemedebistas - de Antônio Britto (1995-1998) e Germano Rigotto (2003-2006), sobre a possibilidade de extinção da Fundação de Economia e Estatística (FEE). A opinião de Brum Torres ganha relevância porque cresce a convicção que a FEE estará no pacote de corte de gastos e reforma do governo, além de ser emitida por um dos principais mentores do plano de governo da campanha do então candidato José Ivo Sartori, em 2014.
"Seria um desastre", critica João Carlos Brum Torres, filósofo e ex-secretário de Planejamento em dois governos peemedebistas - de Antônio Britto (1995-1998) e Germano Rigotto (2003-2006), sobre a possibilidade de extinção da Fundação de Economia e Estatística (FEE). A opinião de Brum Torres ganha relevância porque cresce a convicção que a FEE estará no pacote de corte de gastos e reforma do governo, além de ser emitida por um dos principais mentores do plano de governo da campanha do então candidato José Ivo Sartori, em 2014.
"Falei com o Búrigo (Carlos Búrigo, secretário-geral de Governo), pois sabia que estava trabalhando nas medidas. E disse: Se tem uma coisa que deve preservar é a FEE, porque é a inteligência do Estado, é fonte de dados", comentou o ex-secretário de Planejamento em dois mandatos do PMDB. Brum Torres admite que está distante do atual governo e que não acompanha de perto a formulação do pacote, mas admite: "Que é possível é (a FEE estar na proposta), mas é alguma coisa indesejável".
O movimento de servidores, pesquisadores, personalidades do mundo da pesquisa e academia e ex-presidentes da fundação espera que a crítica de Brum Torres tenha peso. Ele encabeça um manifesto na internet que exalta as contribuições da fundação. A página no Facebook Em Defesa da FEE colheu mais de 2 mil curtidas desde sábado. "Se só se pensar no governo (considerando a dificuldade financeira), pode achar que tem pouca utilidade. Mas (a FEE) é do interesse do Rio Grande do Sul, tem um valor muito grande." O ex-secretário ainda previne: "O governo vive com muita escassez de recursos, mas não pode tomar uma decisão porque está apertado que atinja uma instituição que levou anos para ser construída. É uma decisão muito ruim."
Um detalhe que eleva a preocupação sobre o futuro da FEE é o fato de, desde julho quando o economista Igor Morais deixou a presidência, até agora não ter sido indicado um sucessor. Além da FEE, a Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI), criada no governo de Tarso Genro (PT, 2011-2014), deve entrar no pacote. A AGDI já ganhou papel coadjuvante. O secretário de Desenvolvimento Econômico, Fábio Branco, evitou falar da possibilidade de extinção, já que a agência está sob a sua pasta, que deve absorver as funções da agência. 
"Extinguir a FEE e a AGDI destrói um núcleo de produção e interpretação de dados, tarefa da FEE, e um núcleo potencial de criação de estratégica na AGDI", reage o professor da Ufrgs e ex-presidente do BRDE Carlos Henrique Horn, que considera estas duas expertises decisivas na busca de soluções para a crise, novos setores de atividade, impasse da dívida com a União e Previdência. 
 
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