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Política

- Publicada em 08 de Novembro de 2016 às 21:54

Bolsonaro diz que Ustra é 'herói' em processo de cassação

Deputado Bolsonaro (d) acompanha reunião ordinária da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar

Deputado Bolsonaro (d) acompanha reunião ordinária da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar


ABR/JC
O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) voltou, nesta terça-feira, a homenagear o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, um dos principais símbolos da repressão durante a ditadura militar, morto em 2015.
O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) voltou, nesta terça-feira, a homenagear o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, um dos principais símbolos da repressão durante a ditadura militar, morto em 2015.
Durante a sessão do Conselho de Ética que deveria votar a admissibilidade do processo de cassação por ele ter elogiado o coronel ao votar pelo impeachment de Dilma Rousseff (PT), em abril, Bolsonaro afirmou que Ustra é um "herói brasileiro" e que não há provas de que ele torturou presos políticos.
"Sou capitão do Exército, conhecia e era amigo do coronel, sou amigo da viúva. (...) O Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra recebeu a mais alta comenda do Exército, a Medalha do Pacificador, é um herói brasileiro", afirmou o deputado.
A votação que deve decidir se o processo de cassação contra Bolsonaro segue ou não está marcada para esta quarta-feira.
Ustra comandou o DOI-Codi (Destacamento de Operações de Informações) do 2º Exército (SP) entre 1970 e 1974, no auge do combate às organizações da esquerda armada. Segundo o relatório final da Comissão Nacional da Verdade, só na gestão de Ustra o DOI de São Paulo foi o responsável pela morte ou desaparecimento de ao menos 45 presos políticos.
O deputado Capitão Augusto (PR-SP) também elogiou Ustra, afirmando não ter havido condenação judicial definitiva contra ele. Outro apoiador de Bolsonaro, o deputado Laerte Bessa (PR-DF), que fez carreira como delegado da Polícia Civil, afirmou ser uma "grande mentira" a informação de que a ex-presidente Dilma Rousseff tenha sido torturada no período em que ficou encarcerada durante a ditadura militar (1964-1985).
Não havia deputados aliados à petista nesse momento da sessão. O relatório do deputado Odorico Monteiro (PROS-CE), que é ex-petista, é favorável à continuidade do processo. Sem entrar no mérito das palavras de Bolsonaro, o deputado Marcos Rogério (DEM-RO) apresentou um voto divergente defendendo o arquivamento da acusação sob o argumento da defesa do pleno exercício da liberdade parlamentar.
No dia da votação na Câmara que autorizou a abertura do processo de impeachment contra Dilma, Bolsonaro elogiou também o hoje ex-deputado Eduardo Cunha, atualmente preso, e disse: "Nesse dia de glória para o povo tem um homem que entrará para a história. Parabéns presidente Eduardo Cunha. (...) Em memória do coronel Brilhante Ustra, o meu voto é sim."
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