Apesar de o líder do PSB na Câmara de Porto Alegre, Airto Ferronato, afirmar que existe a possibilidade de que o partido integre a base do prefeito eleito Nelson Marchezan Júnior (PSDB) a partir de 2017, lideranças tucanas e da própria sigla não confirmam tratativas.
Elizandro Oliveira, presidente municipal do PSB, afirma que o diretório da Capital não tem conhecimento sobre a discussão. "Isso não está posto, não existe convite de que a direção saiba. Não há como se discutir um assunto que não é pauta", afirmou Oliveira.
Ramiro Rosário, único vereador tucano para a próxima legislatura, afirma que não houve conversas formais com partidos que não compuseram a coligação de Marchezan. Entretanto, entende que especulações são naturais e o PSDB deve dialogar com siglas que buscarem o governo.
Para o presidente do PSB, é preciso respeitar a vontade que a população demonstrou nas urnas. "A eleição demonstrou o caminho. Nós perdemos a eleição junto com o nosso candidato Sebastião Melo", defende. Oliveira ainda considera que não houve tempo suficiente desde o 2º turno para se tomar uma decisão como a de ingressar em um governo com um projeto diferente.
Caso a decisão seja pela não adesão à base de Marchezan, Ferronato afirma que não fará parte de uma oposição radical ao governo. O vereador chegou a ser líder do governo de José Fortunati (PDT) no Legislativo em 2013, quando o partido decidiu integrar a gestão municipal.
Antenor Ferrari, presidente municipal do PMDB, entende que o partido não tem condições de avaliar agora o quanto uma decisão do PSB favorável aos tucanos pode influenciar em futuras alianças dos partidos. "As coisas são muito circunstanciais, isso é uma coisa para se avaliar em um momento futuro", afirma.