Sartori busca fontes como Bndes para 13º e espera quitar salários atuais até dia 16

O governador José Ivo Sartori (PMDB) disse que espera quitar até dia 16 a folha de salários do funcionalismo e aguarda desfecho de busca de alternativas como financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes). Ao sair de almoço com a comitiva que participou da missão a Europa no galpão crioulo do Palácio Piratini nessa quinta-feira (3), o governador também comentou o repasse de recursos da repatriação. O Estado deve receber pouco mais de R$ 300 milhões, seguindo estimativa do governo federal.

"Sempre ajuda, mas os recursos são pequenos, não atendem a necessidade", ponderou Sartori, lembrando que a renegociação da divida também havia gerado expectativa sobre aportes e acabou garantindo valor referente a um quinto da folha. "Todos esperam mais. A previsão é R$ 300 milhões (repatriação). Tudo ajuda, cuidamos de cada R$ 1,00." Ele aproveitou para agradecer aos servidores que "continuam a garantir a continuidade dos serviços mesmo com as dificuldades financeiras".

Sobre empréstimo novamente para pagar o 13º salário, o governador não detalhou, mas garantiu esforços para conseguir recursos. O secretário da Fazenda, Giovani Feltes, participa da reunião com secretários da área fazendária, no Rio de Janeiro, onde se discute saídas, desde a busca de recursos do Bndes como unificar proposta para previdência pública. "Vamos fazer todos os esforços", limitou-se a dizer, sobre eventual pleito ao banco federal. Mas, depois, Sartori, preveniu que há se sabe dos limites sobre o caixa da instituição.

Outro tema que começa a ganhar mais atenção é a possibilidade de o governo enviar à Assembleia Legislativa propostas de privatização de estatais. Entre elas, CEEE, Corsan e Sulgás são as mais cogitadas e temidas pelos servidores. Sartori disse que há equipes avaliando todos os processos.

"Não há nada específico. Depende de estudos e avaliação. Cada um pode interpretar à sua maneira. Não quero criar constrangimento nenhum antes de apresentar o projeto." Algumas informações de fontes do governo indicam que as propostas já estariam bem avançadas, prestes a serem enviadas à AL.