Quem tem medo da terceirização?

A questão da terceirização tem sido muito debatida no Brasil nos últimos meses, por conta do Projeto de Lei nº 30/2015, que envolve quatro grandes nuances, e tem causado protestos das centrais sindicais, principalmente pelo fato de se poder terceirizar as atividades-meio da empresa.

Na prática, seria como se uma Secretaria da Fazenda pudesse contratar auditores fiscais, e não só os serviços gerais. Ou uma empresa de engenharia possa contratar engenheiros. E não apenas o serviço de vigilância, por exemplo. A maior das vantagens da terceirização é a contratante, seja pública ou privada, que tem uma facilidade de substituição do profissional que não está desenvolvendo bem seu trabalho. Isso não significa redução ou perda de direitos trabalhistas nem precarização da mão de obra. Mas significa que quem realmente é bom permanece.

Seguramente aos governos, que estão quebrados, interessa que esse projeto seja aprovado, visto que, ao diminuírem os concursos públicos, em um futuro não muito longínquo, o governo economizará em relação às aposentadorias pagas aos funcionários públicos. E isso o que tem de ruim? Teremos mais dinheiro para investimentos em escolas, hospitais e até presídios - que é com o que o governo deve se preocupar.

Para o empresário, terceirizar sua mão de obra significa ter uma administração mais focada ao seu negócio, deixando a cargo da contratada os serviços da contratação, admissão, demissão, controles de frequência e benefícios, substituição em caso de licenças legais, faltas, férias e folgas, cumprimento de dissídios coletivos, uniformes, orientações sobre posicionamento e conduta profissionais.

Ao empresário cabe preparar-se e preparar a empresa para o crescimento. Terceirizando, ele irá sair do operacional e dedicar todos os seus esforços na evolução do seu negócio, trabalhando na gestão por resultados. Quem tem medo da terceirização é o profissional que não faz suas atividades. Quem ganha terceirizando? O empresário.

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