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Opinião

- Publicada em 11 de Novembro de 2016 às 17:28

Padre, juiz e mulher

O clima político nacional está envolto em nova tempestade. Ainda continua fervendo e causticando a nossa atenção o malfadado caso Eduardo Cunha (PMDB). Surge, de inopino, outro, o da "varredura" no Senado e o da ação da Polícia Federal, efetivando às ocultas e, lembrando o simbolismo do Cavalo de Troia. O exercício do uso de aparelhagem de escuta remonta já há algum tempo, em especial, àqueles assinalados por ditaduras, daqui e de além mar. Com veemência e irresponsável desembaraço, Renan Calheiros (PMDB), presidente do Senado, cognominou um magistrado que autorizou a Polícia Federal à "varredura", de "juizeco".
O clima político nacional está envolto em nova tempestade. Ainda continua fervendo e causticando a nossa atenção o malfadado caso Eduardo Cunha (PMDB). Surge, de inopino, outro, o da "varredura" no Senado e o da ação da Polícia Federal, efetivando às ocultas e, lembrando o simbolismo do Cavalo de Troia. O exercício do uso de aparelhagem de escuta remonta já há algum tempo, em especial, àqueles assinalados por ditaduras, daqui e de além mar. Com veemência e irresponsável desembaraço, Renan Calheiros (PMDB), presidente do Senado, cognominou um magistrado que autorizou a Polícia Federal à "varredura", de "juizeco".
O magistrado é o juiz Wallisley de Souza Oliveira. É autor de vários livros e professor universitário, e ex-colaborador do Conselho Nacional de Justiça, reconhecido, não só por seus méritos, mas por sua firmeza de propósitos e decisões, no que tange ao seu ofício. Pelo que se sabe, o objetivo precípuo, que levou o senador Renan Calheiros a entrar em choque com o Senado, foi a realização da "Operação Métis", que prendeu quatro policiais que lá faziam a "varredura", fato esse que se questiona o aspecto legal. Getulio Vargas, na intimidade, quando desejava prevenir alguém, proferia o provérbio: "Cuidado com os que trajam vestido: padre, juiz e mulher". O senador Renan Calheiros, ao cutucar com vara curta, na pessoa da presidente do STF, a ministra Cármen Lúcia, símbolo do triângulo citado, injuriou a Justiça e, de certa forma, atacou uma mulher com as características piedosas de uma irmã de caridade. Em tais condições, o que ela diz poderá ser canonizado. O senador, cutucou temerária abelheira, sem contemplar as consequências, das ferroadas que estão por vir. O "afã" que está em jogo atinge em cheio a magistratura e a presidência do Senado.
As consequências são atemorizantes! Vemos pairando no ar a arrogância de poderes discricionários, uma avacalhação da Justiça e uma coalizão entre o agravo e a injúria, condição inexequível - de estancar esse "tsunami" que leva de roldão o pouco que ainda resta da consciência cívica nacional.
Jornalista e psicanalista
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