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Opinião

- Publicada em 09 de Novembro de 2016 às 16:35

Donald Trump encarna desejo de mudança dos eleitores

A maioria das pesquisas apontava, mesmo que por pouca margem, a vitória da democrata Hillary Clinton. Então, o resultado da vitória de Donald Trump espelha o desejo de mudança dos eleitores norte-americanos por mudanças, e que viam no candidato republicano alguém que falava o que eles pensavam, mas não diziam, não em público. Criticado por suas declarações sobre mulheres, muçulmanos e perdendo apoio no seu partido, o menino rebelde do subúrbio de Nova Iorque venceu.
A maioria das pesquisas apontava, mesmo que por pouca margem, a vitória da democrata Hillary Clinton. Então, o resultado da vitória de Donald Trump espelha o desejo de mudança dos eleitores norte-americanos por mudanças, e que viam no candidato republicano alguém que falava o que eles pensavam, mas não diziam, não em público. Criticado por suas declarações sobre mulheres, muçulmanos e perdendo apoio no seu partido, o menino rebelde do subúrbio de Nova Iorque venceu.
Com o apoio do pai, corretor de imóveis, foi vitorioso na vida, porém teve revezes pessoais e comerciais nos anos 1990, mas chegou à Casa Branca. Os lucros das Organizações Trump foram às alturas, com investimentos em companhias aéreas e no mercado imobiliário. Donald Trump foi apresentador de programa de TV no modelo reality show, chamado de "O Aprendiz", com boa audiência.
Da Federação Russa, de pleno, veio a manifestação de satisfação de Vladimir Putin pela vitória do republicano. Afinal, Putin foi elogiado na campanha do agora vitorioso, que considerava o líder russo um bom modelo, ao contrário de Barack Obama. Na Europa, houve manifestações diversas, com elogios dos considerados direitistas na França, até críticas na Alemanha.
Então, o desejo de mudança dos norte-americanos falou mais alto. Mesmo que votar não seja obrigatório, o fato é que os problemas socioeconômicos, principalmente o desemprego com o fechamento de fábricas nos Estados Unidos por conta de tratados comerciais criticados por Trump, pesaram na opinião pública.
Também a situação de imigrantes ilegais os quais, no consenso coletivo, tiram empregos nos EUA. As eleições serviram para que plebiscitos fossem realizados sobre outros assuntos - como o uso terapêutico ou prazeroso da maconha e para indicação à Câmara dos Representantes e ao Senado.
Nesse quesito, Trump encontrará, como agora, uma maioria republicana no Congresso. E, lá, como aqui, o presidente precisa do apoio dos parlamentares para colocar em prática suas plataformas de governo.
A irritação de Donald Trump com os imigrantes ilegais e a sua promessa de construir um muro na fronteira com o México fez com que, após a vitória dele, o peso mexicano tivesse uma grande queda.
As incertezas com a eleição de Trump - uma guinada à direita, para alguns, que será repetida na França, com Marine Le Pen, filha de ultradireitista Jean-Marie Le Pen-, nas relações comerciais e acordos vigentes fizeram as bolsas caírem ao redor do mundo. Afinal, alguém considerado imprevisível em termos de governança externa estará, a partir de janeiro, assumindo as rédeas da maior potência econômica e militar do planeta.
Na Europa, foi dito que a comoção pelo resultado nos EUA foi maior do que o chamado Brexit, a saída da Grã-Bretanha da União Europeia.
A pergunta que fica é se Donald Trump colocará, realmente, em prática todas as suas assertivas radicais as quais haviam assustado eleitores nos Estados Unidos e muitos líderes globais. Ganhando na Flórida, estado com milhares de descendentes latinos, o novo presidente poderá repensar algumas de suas afirmações.
E ao melhor estilo dos políticos em quase todos os países após a vitória, Trump pediu a união dos norte-americanos, pois será o presidente de todos. Então, "Fazendo a América grande novamente", sua frase-símbolo de campanha, poderá se concretizar. Assim, estará encampando a frase-símbolo da campanha de Hillary Clinton, "Mais fortes juntos".
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