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Opinião

- Publicada em 08 de Novembro de 2016 às 15:34

Mudamos ou o mundo nos muda

O assunto vem e vai, mas talvez nunca tenha sido tão importante debatê-lo de forma profunda e desapaixonada. Refiro-me à legislação trabalhista. Durante anos ouvimos falar da necessidade de reformas tributária, previdenciária, trabalhista, enfim, palavras que não saem do nosso cotidiano, mas com pouco ou nenhum resultado prático. Especificamente sobre a reforma trabalhista, entendo que não dá mais para adiar a discussão, sem desmerecer a importância dos outros.
O assunto vem e vai, mas talvez nunca tenha sido tão importante debatê-lo de forma profunda e desapaixonada. Refiro-me à legislação trabalhista. Durante anos ouvimos falar da necessidade de reformas tributária, previdenciária, trabalhista, enfim, palavras que não saem do nosso cotidiano, mas com pouco ou nenhum resultado prático. Especificamente sobre a reforma trabalhista, entendo que não dá mais para adiar a discussão, sem desmerecer a importância dos outros.
Empreender no Brasil é quase um pecado, tamanho são os obstáculos. Quando chega o momento de contratar trabalhadores grande parte dos empreendedores desiste ou assume os riscos da informalidade. Mas isso todo mundo sabe. O que talvez não esteja sendo visto é o quanto viemos perdendo para outros países por estarmos amarrados a uma legislação de 1943 e que hoje não beneficia nem empresas, nem empregados.
Nossa economia é quase 70% baseada em serviços. Entre eles, serviços de alta qualificação, como os da área de tecnologia. Estamos perdendo projetos tecnológicos, desempregando profissionais altamente qualificados. O motivo? Na maioria dos casos os custos trabalhistas. Índia, China e, mais recentemente, o Vietnã, ganham de nós em produtividade e agilidade, embora muitas vezes tenham mão-de-obra igual ou menos qualificada.
Agora, imaginem outros setores, como o que represento, onde a escolaridade é baixa, mas os custos trabalhistas custam mais um salário e se considerar o vale transporte, vale refeição e as "cotas" vamos a 120% do salário do trabalhador. Fica praticamente impossível empreender e muito difícil manter os negócios já existentes, principalmente em períodos recessivos como o atual.
Não dispomos de receita pronta, mas defendemos um debate sério e focado, visando, sim, reduzir esse custo. Ou mudamos a relação capital-trabalho ou o mundo nos forçará a uma mudança que impactará negativamente na nossa economia, empobrecendo todos. Corremos o risco de em pouco tempo termos mais gente trabalhando na informalidade do que de maneira regular, o que não é bom para ninguém.
Presidente do Sindasseio
 
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