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- Publicada em 10 de Novembro de 2016 às 22:04

Ocupações no Estado chegam ao ensino privado

Alunos da Famecos temem que medidas reduzam incentivos federais

Alunos da Famecos temem que medidas reduzam incentivos federais


FREDY VIEIRA/JC
Suzy Scarton
O movimento estudantil que tem tomado as faculdades da Universidade Federal do Rio Grande do Sul chegou ao ensino privado. Na quarta-feira à noite, estudantes da Faculdade de Comunicação Social (Famecos) ocuparam o saguão do prédio 7 da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs), em Porto Alegre. A tendência é que outros cursos, como a Faculdade de Ciências Sociais, sigam o mesmo caminho. O motivo da manifestação é o mesmo dos estudantes das públicas: a revolta contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 55, que congela os investimentos públicos pelos próximos 20 anos.
O movimento estudantil que tem tomado as faculdades da Universidade Federal do Rio Grande do Sul chegou ao ensino privado. Na quarta-feira à noite, estudantes da Faculdade de Comunicação Social (Famecos) ocuparam o saguão do prédio 7 da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs), em Porto Alegre. A tendência é que outros cursos, como a Faculdade de Ciências Sociais, sigam o mesmo caminho. O motivo da manifestação é o mesmo dos estudantes das públicas: a revolta contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 55, que congela os investimentos públicos pelos próximos 20 anos.
O momento da ocupação foi acompanhado de tensão, uma vez que os seguranças da universidade reagiram e impediram a entrada dos estudantes no prédio. Uma estudante ficou ferida. Durante a madrugada, as luzes foram apagadas, aumentando a tensão entre os alunos que ficaram acampados no saguão da Famecos. Na manhã desta quinta-feira, no entanto, o clima se atenuou. A maioria dos estudantes da Famecos está concentrada em uma sala de aula do primeiro andar. No saguão, estão alguns estudantes e outras pessoas que se identificam com o movimento.
Segundo a estudante Mariana Bello, de 19 anos, que pertence ao Centro Acadêmico, a intenção da ocupação não é impedir aulas. "Queremos que as pessoas se informem e falem sobre essa medida, entendam o que ela vai causar", explica. Uma das consequências que preocupa a estudante é um possível enxugamento de ofertas do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e do Programa Universidade para Todos (ProUni). "A assistência será a primeira parte afetada", lamenta.
Para ela, mesmo que as aulas sejam mantidas, o fato de uma faculdade privada estar ocupada já é "um ato político muito forte". O grupo planeja organizar uma programação com atividades educativas e debates. Por enquanto, os estudantes não acenam a possibilidade de se retirarem do prédio, tampouco divulgaram o número de alunos que está na sala destinada à ocupação.
A Pucrs, por meio de nota, afirmou que as aulas estão mantidas na faculdade e que o ingresso dos estudantes no prédio 7 é feito mediante apresentação de documentos. "A ocupação é pacífica e, segundo diálogo dos alunos com representantes da universidade, ocorre em apoio a movimentos nacionais e não por pautas específicas relativas à Pucrs", diz a nota.
Para esta sexta-feira, está marcada uma coletiva, às 14h30min, dos reitores dos institutos federais do Rio Grande do Sul e, em seguida, audiência pública que pretende debater com alunos, professores e sociedade em geral o impacto da PEC 55 e da MP 746, que prevê a reforma do Ensino Médio. O evento será na no Vestíbulo Nobre da Assembleia Legislativa, em Porto Alegre.
De acordo com União Nacional dos Estudantes, são 194 ocupações no Brasil. Outras 391 escolas e institutos federais também estão ocupados, segundo a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes). Na Ufrgs, os cursos de Química e Física foram os últimos a se unirem ao movimento nacional e uma votação eletrônica está ocorrendo entre os estudantes de Engenharia para decidir a adesão ao movimento. 
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