Ladeira Livros é um dos sebos presentes na Praça da Alfândega


À esquerda de quem desce a rua General Câmara, na altura do número 385, a Ladeira Livros é uma opção para quem busca leitura de qualidade a preço justo e a possibilidade de conversar com um especialista no assunto. Mauro Messina, 48 anos, proprietário do sebo de novos e usados não se esconde atrás do conhecimento. "O que nós buscamos fazer é trabalhar com pessoas que conheçam o ramo e manter um acervo qualificado", ressalta.
À esquerda de quem desce a rua General Câmara, na altura do número 385, a Ladeira Livros é uma opção para quem busca leitura de qualidade a preço justo e a possibilidade de conversar com um especialista no assunto. Mauro Messina, 48 anos, proprietário do sebo de novos e usados não se esconde atrás do conhecimento. "O que nós buscamos fazer é trabalhar com pessoas que conheçam o ramo e manter um acervo qualificado", ressalta.
Avesso a termos comuns no mundo dos negócios, como "planejamento estratégico", "expansão da marca" ou "faturamento anual", Mauro não se identifica com o perfil clássico de empreendedor.
"Quadro de funcionários? Eu tenho só um quadro do Lênin!", brinca. Formado em Ciências Sociais, o livreiro começou como atendente em livrarias de amigos e com bancas em congressos e eventos políticos no final dos anos 1980.
"Colocava a mochila nas costas e ia", conta. Em 1991, decidiu trabalhar de forma independente. Para isso, entrou em contato com distribuidores e começou a vender para colegas da faculdade.
Desde que abriu sua própria livraria, em 2006, saindo da informalidade, Mauro participa da Feira do Livro de Porto Alegre. No próximo dia 22 de novembro a Ladeira Livros comemora 10 anos.
A festa literária é o momento para queimar o estoque, oferecendo os famosos "saldos", mas também é a oportunidade de mostrar o nome da livraria para um público que não tem o costume de visitar sebos. "A Feira é muito importante para o negócio, divulga o nome. Ela foi criada para desafogar livros em um período sem movimento, mas agora tem outra dimensão", mensura.
Nessa década de história, Mauro obteve o know-how para administrar com tranquilidade as vendas paralelas durante o evento. "Sermos livreiros o ano todo é o que diferencia a nossa barraca de algumas outras. Se isso é tua atividade durante 365 dias por ano, não vai ser algo como a Feira que vai diferenciar", argumenta.
Mauro divide a atenção ao público com a sócia Ana Vilk e um atendente, além de dois funcionários que fazem o cadastro dos títulos na Estante Virtual. A internet, aliás, é uma aliada na hora do contato com o cliente. No Facebook, a página Ladeira Livros tem a sessão "Na Prateleira", onde os leitores são informados sobre títulos disponíveis no acervo.
Natural de Santiago, Mauro diz que precisou contar com a sorte para sua empresa dar certo. "Como tudo que acontece na vida de um proletário. Eu trabalhei, fiz a minha história como qualquer um pode fazer. Tive algum pé quente", reflete.
Embora interprete que a crise econômica é parte de um discurso político, a abertura de uma filial não está nos planos do livreiro. A qualidade de vida é o que norteia as decisões de Mauro para o seu negócio. "Quero que a minha livraria seja uma boa livraria e eu trabalhe menos e viva mais", resume.

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