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Vinhos e Espumantes

- Publicada em 07 de Novembro de 2016 às 05:45

Adolfo Lona: de Garibaldi para as taças de chefes de Estado na Olímpiada do Rio

Adolfo Lona diz que o maior patrimônio da empresa é se destacar pela marca e qualidade

Adolfo Lona diz que o maior patrimônio da empresa é se destacar pela marca e qualidade


JOÃO MATTOS/arquivo/JC
Orgulho. Esse é o sentimento de Adolfo Lona, 68 anos, proprietário da pequena produtora de espumantes artesanais que leva o seu nome, em Garibaldi, na serra gaúcha. Motivo o enólogo argentino radicado no Brasil tem de sobra: espumante que leva a sua marca foi servido aos chefes de Estado estrangeiros na recepção do Itamaraty antes da abertura oficial dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em agosto deste ano.
Orgulho. Esse é o sentimento de Adolfo Lona, 68 anos, proprietário da pequena produtora de espumantes artesanais que leva o seu nome, em Garibaldi, na serra gaúcha. Motivo o enólogo argentino radicado no Brasil tem de sobra: espumante que leva a sua marca foi servido aos chefes de Estado estrangeiros na recepção do Itamaraty antes da abertura oficial dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em agosto deste ano.
“Imagina como isso nos orgulha. Isso nos dá uma alegria imensa. E estamos cada vez mais preocupados com a qualidade do nosso produto, que tem um consumidor cada vez mais atento”, afirma Lona, que também comemora o fato de a empresa também ter sido citada na revista inglesa Decanter, umas das mais respeitadas na área de vinhos e espumantes.
Ainda que a qualidade de seus espumantes seja constantemente destacada pela mídia especializada, a produção ainda é pequena – são 80 mil garrafas ao ano. Neste ano, Lona projeta um crescimento de 15% no faturamento e aumento de 3% a 4% em volume. “Considero muito bom o resultado, tendo em vista a conjuntura econômica. Foi um ano difícil, com aumento de tributos”, diz o enólogo argentino.
Questionado sobre a possibilidade de expandir nos próximos anos, Lona é enfático: “Somos uma empresa relativamente pequena. Queremos crescer de vagar, para poder assegurar a qualidade. Não queremos sair por aí procurando uva”, afirma.
Quando Lona iniciou a produção de seus espumantes em Garibaldi, o fez em uma adega especialmente preparada para elaborar pequenas quantidades, de forma artesanal, sem equipamentos sofisticados. Sua experiência de mais de três décadas como diretor técnico de uma grande vinícola foi decisiva para acreditar que somente pequenos volumes de produção permitem garantir o nível de qualidade que o consumidor espera da marca Adolfo Lona.
A necessidade de proporcionar as melhores condições para os longos prazos de maturação dos espumantes, elaborados pelo método tradicional, exigiram investimentos em salas totalmente abrigadas da luz externa e acondicionadas a temperaturas constantes e baixas. Para Lona, o tempo é o melhor aliado da qualidade superior, por isso o ciclo de produção dos espumantes são superiores aos habituais: 108 dias para o método charmat, e dezoito meses para o método tradicional. No charmat, por exemplo, Lona produz espumantes mais frescos e frutados como o Brut Branco, Brut Rosé e Demi-sec aromático.
“Quando você não é uma empresa grande, sem tantos recursos para mídia e produções, você vai precisar se destacar pela marca e pela qualidade. E esse é nosso maior patrimônio”, orgulha-se.
As novidades deste ano ficam por conta dos novos mercados: a empresa começou a comercializar espumantes para a serra carioca e para Belém, no Pará. Já a loja inaugurada em Porto Alegre, em 2015, tem recebido atenção especial (e novos clientes). Bons frutos também têm surgido da parceria com os restaurantes Troisgros, do chef francês e apresentador do GNT Claude Troisgros.
Lona acredita que, finalmente, o brasileiro parece ter descoberto as virtudes do espumante - alegre, versátil e sofisticado. Com tanto cuidado e carinho na sua produção artesanal, não teria como ser diferente.
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