Miolo celebra sucesso com imersão de garrafas em mar francês

A Miolo, uma das vitivinícolas mais premiadas do Brasil, tem nos três últimos lançamentos suas meninas dos olhos. São inovações que representam, além da qualidade dos vinhos, investimento da marca em novas formas de expressão dos terroirs. Este ano, a vinícola lançou a safra 2012 de um de seus ícones, o Miolo Lote 43, vinho elaborado apenas em safras excepcionais. Também foi apresentado o Quinta do Seival Cabernet Sauvignon, com novo rótulo que ilustra a árvore de Seibo, símbolo da Quinta do Seival, que cresce livremente nas terras da Campanha.

No começo do segundo semestre, foi lançado o Miolo Reserva Sauvignon Blanc Colheita Noturna, primeiro vinho do Brasil elaborado nesse processo. Entre os benefícios da colheita à noite está a influência da temperatura, que cai consideravelmente, preservando aspectos da fruta e trazendo aromas destacados.

Outras novidades que chegaram ao mercado este ano foram o Miolo Gamay 2016, que estampa rótulo do grafiteiro Speto, o Miolo Millésime Brut safra 2012, o Quinta do Seival Castas Portuguesas 2013 , o Vinhas Velhas 2015 e o Testardi 2015, ícone elaborado no Vale do São Francisco.

Para comemorar o sucesso do espumante Miolo Cuvée Tradition, que se consagrou em 2016 como o mais exportado da marca, o rótulo será a estrela da campanha de final de ano da empresa, que prepara ação internacional para comemorar o êxito da bebida na Europa, especialmente na França, onde é o espumante brasileiro mais vendido- só em Paris, foram mais de 10 mil garrafas. E não para por aí: em outubro, foi imerso um lote de 500 garrafas do Miolo Cuvée Tradition Brut no mar da província de Bretagne, na França. Quem realizou a operação foi a Amphoris, empresa francesa especializada em selecionar locais para a imersão de garrafas, criando caves submarinas em condições ideais: escuridão, umidade total e temperatura constante, adequadas para o envelhecimento do vinho.

Dispostas horizontalmente em um contêiner que propicia contato direto com as correntes marítimas, as garrafas repousarão por um ano no mar de Bretagne e, após sua retirada, serão comercializadas em edição especial. "Queremos ser reconhecidos fora do País como produtores de espumantes de qualidade. A inovação de submergir garrafas busca trazer a ideia de produto diferenciado, algo inovador", avalia Adriano Miolo, enólogo e superintendente do grupo.

Primeira empresa brasileira a realizar este procedimento de imersão em caves submarinas, a Miolo acompanha a tendência das vinícolas da Europa. Elaborado no Vale dos Vinhedos com uvas Chardonnay e Pinot Noir pelo método tradicional (fermentação na própria garrafa), o Miolo Cuvée Tradition Brut envelhece durante 12 meses nas caves subterrâneas. No âmbito financeiro, Miolo é cauteloso, mas faz projeções positivas: "O setor não passou imune à crise, mas estamos conseguindo passar por ela e há projeção de certa recuperação para o final do ano. Esperamos repetir os números do ano passado, R$ 140 milhões de faturamento. Não teremos crescimento, mas também não haverá queda", diz.