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Mercado de Capitais

- Publicada em 28 de Novembro de 2016 às 20:11

Bovespa fecha sessão com alta de mais de 2%

Mesmo com as bolsas americanas em queda, o Ibovespa começou a semana em alta firme, encostando nos 63 mil pontos ontem e no nível mais elevado desde o dia 9 de novembro, após a divulgação do resultado da eleição nos EUA. Os argumentos para o justificar o avanço, que se consolidou somente no período da tarde, foram o bom desempenho das commodities, que ajudou papéis de Petrobras, Vale e siderúrgicas, e também o avanço do setor financeiro. A notícia de que os líderes do Executivo e Legislativo fecharam um acordo para barrar a anistia ao caixa-2 no pacote anticorrupção foi considerada positiva, mas não a ponto de dissipar as incertezas do quadro político.
Mesmo com as bolsas americanas em queda, o Ibovespa começou a semana em alta firme, encostando nos 63 mil pontos ontem e no nível mais elevado desde o dia 9 de novembro, após a divulgação do resultado da eleição nos EUA. Os argumentos para o justificar o avanço, que se consolidou somente no período da tarde, foram o bom desempenho das commodities, que ajudou papéis de Petrobras, Vale e siderúrgicas, e também o avanço do setor financeiro. A notícia de que os líderes do Executivo e Legislativo fecharam um acordo para barrar a anistia ao caixa-2 no pacote anticorrupção foi considerada positiva, mas não a ponto de dissipar as incertezas do quadro político.
O Ibovespa fechou com 62.855 pontos, alta de 2,11%. O volume somou R$ 6,452 bilhões. Com o resultado, as perdas no mês foram reduzidas de -5,18% para -3,19%. Em 2016, a bolsa tem ganho de 45,00%. "O cenário político e econômico não inspira muita confiança. O resto são boas notícias corporativas e as commodities", resumiu o operador da mesa institucional da Renascença, Luiz Roberto Monteiro, para explicar a bolsa.
Após uma manhã de instabilidade, alternando pequenas altas e baixas, a bolsa ganhou tração à tarde, quando os preços do petróleo aceleraram o avanço. O desempenho da commodity, por sua vez, esteve atrelado à expectativa para a reunião da Opep, nesta quarta-feira, em torno do fechamento de um acordo para corte da produção. O petróleo WTI na Nymex fechou com valorização de 2,21%.
As ações da Petrobras se beneficiaram dos ganhos do petróleo, mas não subiram no mesmo ritmo. Petrobras PN e ON fecharam com altas de 1,05% e 0,28%, respectivamente. Alguns players também adotaram alguma cautela sobre um possível acordo na reunião da Opep, pelo histórico de não cumprimento das cotas pelos produtores.
Em compensação, as ações da Vale começaram a semana ampliando os ganhos já exuberantes das últimas sessões. Não somente o preço do minério avançou de novo (1,3%), como também animou o mercado a expectativa de que a companhia pode anunciar, amanhã, em encontro com investidores e analistas em Nova Iorque (Vale Day), que não vai se desfazer mais de ativos e que deve distribuir dividendos. Vale PNA encerrou em 6,34% e Vale ON, em 7,30%.
Ajudou ainda a carregar a bolsa o setor financeiro, que subiu em bloco. O índice financeiro avançou 1,79%. O destaque foi BB ON ( 4,60%), após o presidente do banco, Paulo Rogério Caffarelli, afirmar que vai continuar perseguindo a redução de custos operacionais na instituição. Itaú Unibanco ON avançou 2,12%.
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Dólar cai com alívio político e melhora no exterior

O dólar fechou em queda frente ao real ontem, direcionado pelo alívio na política e pelo cenário mais favorável ao risco no exterior. Num movimento que ganhou força à tarde, o dólar negociado à vista no balcão fechou em baixa de 0,62%, aos R$ 3,3863. De acordo com dados registrados na clearing da BM&F Bovespa, a movimentação no mercado somou US$ 797,862 milhões. Já no segmento futuro, o contrato de dólar para dezembro encerrou em queda de 0,97%, aos R$ 3,3860, com giro total de US$ 12,771 bilhões.
O dia de trégua no turbilhão político do País abriu caminho para recuo do dólar frente ao real. A leitura entre os profissionais de mercado é que diminuíram os riscos para o governo de Michel Temer e, com isso, houve espaço para retomada da confiança no ajuste fiscal. No entanto, o ambiente de negócios ainda é de apreensão com possíveis surpresas, principalmente aquelas vindas da Operação Lava Jato, o que afastou investidores do mercado.
O alívio político veio de duas frentes que, na semana passada, trouxeram tensão para o mercado e levaram o dólar à forte alta na sexta-feira. Uma delas foi o tom mais ameno adotado pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero, depois de acusar o presidente Temer de tráfico de influência para favorecer interesses pessoais do ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima. Calero confirmou que gravou conversas com Temer, mas ressaltou que isso ocorreu em "apenas uma única conversa protocolar", minimizando preocupações de que os áudios poderiam conter provas contra o peemedebista.
Também foi bem recebido o pacto entre Temer e os presidentes do Poder Legislativo, Renan Calheiros (Senado) e Rodrigo Maia (Câmara), para barrar proposta de anistia a crimes de caixa-2 em campanhas eleitorais no pacote anticorrupção. A anistia, caso aprovada, seria vista como potencial fagulha para estourar protestos pelo País, o que dificultaria o trabalho do governo para aprovar medidas impopulares, com a reforma previdenciária.
O ambiente externo também favoreceu ativos de mercados emergentes. O avanço dos contratos de petróleo abriu caminho para desempenho positivo entre os emergentes.