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Indústria

- Publicada em 24 de Novembro de 2016 às 19:05

Industrial vê cenário negativo para os próximos seis meses

Preços dos produtos industriais no atacado aumentam 0,34%

Preços dos produtos industriais no atacado aumentam 0,34%


DIVULGAÇÃO/JC
O penúltimo mês do ano registra a volta de uma visão pessimista dos empresários no Estado. A Sondagem Industrial, levantamento realizado pela Fiergs e divulgado nesta quinta-feira, aponta que o indicador de expectativa de demanda caiu para 48,8 pontos em novembro, contra 52,8 em outubro, revelando projeção de queda após cinco meses. Os indicadores variam de zero a 100 pontos. Valores menores que 50 significam perspectiva de queda para os próximos seis meses. "A expectativa dos industriais gaúchos se deteriora em função da percepção de que a demanda seguirá em baixa, mesmo ao se aproximar o período de final de ano", afirma o presidente da Fiergs, Heitor Müller.
O penúltimo mês do ano registra a volta de uma visão pessimista dos empresários no Estado. A Sondagem Industrial, levantamento realizado pela Fiergs e divulgado nesta quinta-feira, aponta que o indicador de expectativa de demanda caiu para 48,8 pontos em novembro, contra 52,8 em outubro, revelando projeção de queda após cinco meses. Os indicadores variam de zero a 100 pontos. Valores menores que 50 significam perspectiva de queda para os próximos seis meses. "A expectativa dos industriais gaúchos se deteriora em função da percepção de que a demanda seguirá em baixa, mesmo ao se aproximar o período de final de ano", afirma o presidente da Fiergs, Heitor Müller.
Diante da baixa tendência de atividade, o indicador de compras de matéria-prima prevista passou de positivo 50,6 para negativo 46,9 pontos em novembro. O de emprego (de 47,3 para 45,9 pontos) denota maior intenção das empresas de reduzir o quadro de funcionários. Já o indicador de exportações, no mesmo período, caiu de 51,5 para 50,8 pontos, comprovando que a indústria gaúcha está pouco otimista também com a demanda externa. A intenção de investimento para os próximos seis meses foi o único indicador que cresceu entre outubro e novembro, de 42,8 para 43,5 pontos. Contudo, mostra ainda baixa intenção, diante dos reduzidos níveis de produção e da Utilização da Capacidade Instalada (UCI).
Mesmo que o Índice de Produção tenha subido para 48,1 pontos em outubro, apresentando uma retração menos intensa do que as verificadas nos meses de setembro (43,9) e outubro (44,3) do ano passado, permanece abaixo da linha de 50, o que não é um bom indicativo para a indústria gaúcha. A mesma análise vale para o emprego, com a elevação do índice de 46 para 46,6 pontos no período.
Em relação à UCI no mesmo mês, em 66% continuou estável em relação a setembro. Com isso, o índice que considera o nível comum para o período continuou baixo e passou de 36,3 para 37,6 pontos. Apenas um dado se revelou positivo na Sondagem Industrial, ainda que provocado pela queda da produção: a ausência de estoques, porque coloca um viés de crescimento rápido para a produção no caso de um aumento de demanda futuro. O indicador que mede este item em relação ao planejado pelas empresas caiu de 51,3 para 50,6 pontos, praticamente no nível desejável representado pelos 50 pontos.

PLA vê mercado de pulverizadores crescendo em 2017

Fabricante de pulverizadores autopropelidos, a Pla demonstra otimismo para o ano que vem. A empresa de origem argentina, que no Brasil opera a partir de sua fábrica em Canoas, vê movimentos de retomada no mercado nos últimos meses, que embasam a aposta em um crescimento nas vendas do segmento de 15% a 20% em 2017. Se confirmada, a situação traria um alívio ao setor após três anos seguidos de queda.
A defasagem é grande. Em 2013, segundo as estimativas da própria Pla, foram comercializados no Brasil ao todo 3,5 mil máquinas do tipo. Já em 2016, a projeção é de que as vendas atinjam apenas 1,85 mil pulverizadores autopropelidos, mercado no qual a empresa alega ter participação de 5%. "Apesar disso, nos últimos meses deste ano já vemos sinais de uma retomada que nos permite sermos otimistas para 2017", afirma o diretor de vendas e marketing da Pla no Brasil, Renato Silva. A projeção para o ano que vem é de vendas de 2,2 mil máquinas. A Pla ainda espera aumentar a sua fatia no bolo para 6% - na Argentina, para efeitos de comparação, a empresa é responsável pela metade do segmento.
Dentre as vendas da empresa, Silva argumenta que a maior parte vem de produtores que já possuem pulverizadores autopropelidos e buscam renovação de seu maquinário. Haveria ainda uma migração tímida dos produtores que utilizam outros tipos de pulverizadores, que dependem de tratores para fazer a sua propulsão, para este outro tipo de produto. "Ainda precisamos de uma maior conscientização quanto às vantagens, já que é um investimento maior. Mas a tendência é de que os produtores entendam que teriam ganhos, como o consumo menor de combustível e outros", defende o diretor.
Silva sustenta sua previsão otimista para o ano que vem com o que classifica de uma volta da segurança e da credibilidade ao cotidiano dos produtores, tornando o ambiente mais favorável a investimentos. Além disso, sobre o desempenho da safra, que é vital para a tomada de decisão dos agricultores, há indícios de que será satisfatório. "Não apenas em produção, mas o preço das commodities também vêm em alta", salienta o diretor da Pla.
Um ponto que pode desfazer o cenário, porém, é o crédito rural. Nove em cada 10 pulverizadores vendidos no Brasil é negociado graças a linhas de financiamento subsidiadas pela União, como a Moderfrota, o que torna o setor dependente dos movimentos do governo federal nesse sentido. "Sofremos um pouco por conta disso, mas confiamos de que a liberação de recursos deve melhorar em 2017", acredita Silva. A fábrica de Canoas também exporta máquinas para o Leste Europeu e alguns países da América, mas em níveis menores do que as vendas no mercado interno.
A Pla, que modernizou a unidade em 2014, afirma que fará investimentos no País em 2017, mas focados no desenvolvimento de produtos. Nos últimos anos, a empresa apostou na diversificação de seu portfólio, criando produtos mais leves, com capacidade de atuar em terrenos desnivelados e com tanques menores, de 2 mil litros. A decisão é celebrada por ter possibilitado maior penetração da marca na Região Sul, onde predominam propriedades rurais de menor porte se comparadas às existentes no Centro-Oeste.

Gerdau iniciará produção de peças eólicas após Cade aprovar joint venture

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) aprovou sem restrições, a joint venture entre a Gerdau, a Sumitomo Corporation e a The Japan Steel Works (JSW). Diante disso, as empresas reiteraram o cronograma de implantação do projeto anunciado em janeiro último de que o empreendimento, localizado em Pindamonhangaba (SP), começará a fornecer peças forjadas para torres de geração de energia éolica a partir do final de 2017.
"O segmento eólico foi o menos afetado com a crise. Vamos atender esse segmento a partir desse novo produto (peças forjadas) que vamos oferecer aos clientes", disse o presidente da Gerdau, André Gerdau Johannpeter, em reunião com analistas e investidores, na manhã desta quinta-feira, 24.
Além de equipamentos para o segmento de energia eólica, a nova empresa também produzirá cilindros para os setores de aço e alumínio, que já são feitos pela Gerdau e comercializados para mais de 30 países. A expectativa das empresas é de que a capacidade total da indústria eólica e de cilindros alcance 50 mil toneladas por ano.
O presidente da Gerdau lembrou que a joint venture envolve investimento importante, da ordem de R$ 280 milhões. Esses recursos serão destinados para a aquisição de novos equipamentos de produção. A Gerdau irá aportar principalmente os ativos para a produção de cilindros. Serão gerados 100 novos postos de trabalho diretos com a nova empresa.
Johannpeter afirmou ainda que a Gerdau espera fornecer para a cadeia de óleo e gás, mas que não espera constituir uma joint venture no segmento.