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Economia

- Publicada em 24 de Novembro de 2016 às 17:58

Calote sobre em outubro e é a maior desde 2011

Após três altas seguidas, taxa do rotativo do cartão de crédito caiu

Após três altas seguidas, taxa do rotativo do cartão de crédito caiu


MARCO QUINTANA/JC
Por causa da recessão econômica, a queda do crédito ganhou mais velocidade, os juros subiram e o calote aumentou. A taxa de inadimplência no Brasil cresceu e chegou a 3,9% em outubro e bateu recorde. É o maior patamar desde quando o Banco Central (BC) começou a registar os dados em 2011. De acordo com a autoridade monetária, houve uma alta de 0,2 ponto percentual no mês e 0,7 ponto percentual em 12 meses. Esse aumento foi causado pelo aumento do calote das empresas.
Por causa da recessão econômica, a queda do crédito ganhou mais velocidade, os juros subiram e o calote aumentou. A taxa de inadimplência no Brasil cresceu e chegou a 3,9% em outubro e bateu recorde. É o maior patamar desde quando o Banco Central (BC) começou a registar os dados em 2011. De acordo com a autoridade monetária, houve uma alta de 0,2 ponto percentual no mês e 0,7 ponto percentual em 12 meses. Esse aumento foi causado pelo aumento do calote das empresas.
Com o faturamento abalado pela crise, a inadimplência das famílias chegou a 3,6%. Esse também é o maior nível já registrado pelo Banco Central. Em outubro, houve um aumento de 0,3 ponto percentual.
Nas operações com famílias, o nível de atrasos acima de 90 dias permaneceu em 4,2%. Esse nível já foi muito mais alto. Chegou a 5,5% em maio de 2012.
Como o calote subiu entre as empresas, a inadimplência foi sentida no crédito direcionado - aquele subsidiado pelo governo. O nível de calote aumentou 0,3 ponto percentual, para 1,9% em outubro. No segmento livre, a inadimplência não registrou variação e ficou em 5,9%.
Outubro foi mais um mês de queda do saldo total das operações de crédito do sistema financeiro. Esse estoque chegou a R$ 3,1 trilhões em outubro: queda de 0,5% no mês e 2% em 12 meses. A carteira com recursos livres (R$ 1,5 trilhão) caiu 0,2% no mês. A baixa dos financiamentos com recursos direcionados atingiram saldo de R$ 1,6 trilhões: 0,7% menos que no mês anterior. As piores quedas foram sentidas nos setores de transformação, extrativo, serviços e comércio. Essa retração foi mais forte na região Sudeste.
"O crédito recuou em linha do que vinha ocorrendo. O recuo, agora, está mais acentuado. Continua refletindo quadro geral da economia brasileira, cenário de baixa atividade econômica, prossegue período de transição para recuperação econômica, mas credito ainda não reflete recuperação. Segue trajetória de retração, que mês a mês tem sido mais intenso do que os meses anteriores", disse Renato Baldini, chefe-adjunto do departamento econômico.
Apesar do corte de juros básicos feito pelo Banco Central no mês - quando cortou a Selic de 14,25% ao ano para 14% ao ano - os bancos aumentaram o custo para os clientes. A taxa média de operações tanto com recursos livres e direcionados chegou a 33,3% ao ano em outubro, após um aumento de 0,3 ponto percentual.
No crédito às pessoas físicas, os juros subiram 0,2 ponto percentual e chegaram a 42,7% ao ano. Isso leva em conta todo do tipo de crédito, inclusive o financiamento da casa própria que tem juros subsidiados. Já a taxa com recursos livres (aqueles que o banco pode alocar como quiser) o juro médio chegou a 73,7% ao ano: 0,5 ponto percentual a mais no mês.
O cheque especial ficou 4 pontos percentuais mais caro. Os juros médios chegaram a 328,9% ao ano. Nos últimos 12 meses, essa modalidade de crédito ficou 50,8 pontos percentuais mais cara.
Depois de três mês seguidos em alta, a taxa do rotativo do cartão de crédito caiu 3,9 pontos percentuais e ficou em 475,8% ao ano. O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão.
 
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