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Consumo

- Publicada em 23 de Novembro de 2016 às 17:53

IPCA-15 fecha novembro em 0,26%

Grupo saúde e cuidados pessoais exerceu pressão e subiu 0,68%

Grupo saúde e cuidados pessoais exerceu pressão e subiu 0,68%


JOÃO MATTOS/ARQUIVO/JC
O IPCA-15, prévia da inflação oficial, subiu 0,26% em novembro, após alta de 0,19% em outubro, informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o menor percentual para meses de novembro desde 2007, quando o indicador avançou 0,23%.
O IPCA-15, prévia da inflação oficial, subiu 0,26% em novembro, após alta de 0,19% em outubro, informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o menor percentual para meses de novembro desde 2007, quando o indicador avançou 0,23%.
No ano, o IPCA-15 acumula alta de 6,38%. No mesmo período de 2015, a prévia da inflação registrava valorização de 9,42%. Em 12 meses até novembro, o índice avança 7,64%. É o menor nível desde fevereiro de 2015 (7,36%), mas ainda permanece bem acima do teto da meta de inflação -de 4,5%, com margem de 2 pontos percentuais para cima ou para baixo.
A maior pressão sobre o indicador veio do grupo saúde e cuidados pessoais, que subiu 0,68%. Na ponta contrária, alimentação e bebidas recuou 0,06%, enquanto vestuário teve queda de 0,03%.
A maior influência para o recuo do grupo alimentação e bebidas veio do leite longa vida, com queda de 10,52%. O preço do feijão-carioca caiu 11,84%, o do feijão-mulatinho, 7,82%, e o do tomate, 6,61%.
Alguns alimentos, porém, pressionaram em alta o IPCA-15. Açúcar cristal subiu 3,73%, peixes avançaram 3,91% e a batata-inglesa ficou 3,26% mais cara.
Excluindo itens não alimentícios, o etanol subiu 7,29% no mês e foi o maior impacto individual sobre o IPCA-15.
O setor de serviços, considerado pelo BC um dos fatores mais importantes na condução da política monetária, mostrou menor alta em novembro. Nas contas da consultoria CM Capital Markets, a alta mensal foi de 0,42% neste mês, contra 0,46% em outubro.
"É um fator positivo para o BC mas, diante da mudança no cenário externo com a eleição de Donald Trump para presidente dos Estados Unidos, não altera a dinâmica da política monetária (masi um corte de 0,25 ponto percentual na Selic)", afirmou a economista da CM Capital Markets Camila Abdelmalack.
A expectativa é de que tanto os preços de serviços quanto dos alimentos continuem exercendo menor pressão até o final do ano.
O BC reduziu a taxa básica de juros em outubro em 0,25 ponto percentual, a 14%, e adotou um tom mais duro em relação ao processo de corte. Diante disso, as expectativas de especialistas são de mais um corte de 0,25 ponto na última reunião do ano do Copom (Comitê de Política Monetária), na semana que vem.
 

Consumidores esperam inflação de 9,2% em 12 meses, segundo levantamento da FGV

A mediana da inflação esperada pelos consumidores nos próximos 12 meses ficou em 9,2% em novembro, informou ontem a Fundação Getulio Vargas (FGV), ao divulgar o Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores. O resultado é levemente superior ao dado de outubro (9,1%).
De fevereiro a outubro, o indicador havia recuado 2,3 pontos percentuais. "Este é um resultado esperado, uma vez que, após fortes quedas, a expectativa de inflação dos consumidores tende a se estabilizar. O importante é observar, neste momento, a distribuição das respostas: a proporção de consumidores que acreditam que a inflação ficará abaixo de 7% nos 12 meses seguintes aumentou aproximadamente 19 pontos percentuais nos últimos seis meses. Tal resultado, aliado a uma tendência de desaceleração dos preços, faz crer que o indicador continuará sua trajetória de queda ao longo dos próximos meses", avaliou o economista Pedro Costa Ferreira, do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV).