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Economia

- Publicada em 23 de Novembro de 2016 às 20:25

Estaleiro Rio Grande demite cerca de 600 trabalhadores

A ação iniciou há cerca de um mês e não foi uma surpresa para os funcionários

A ação iniciou há cerca de um mês e não foi uma surpresa para os funcionários


ANTONIO PAZ/JC
Jefferson Klein
A empresa Ecovix, que administra o Estaleiro Rio Grande, deverá concluir até a próxima semana o desligamento de cerca de 600 empregados do complexo. De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio Grande e São José do Norte, Sadi Machado, a ação iniciou há cerca de um mês e não foi uma surpresa para os funcionários.
A empresa Ecovix, que administra o Estaleiro Rio Grande, deverá concluir até a próxima semana o desligamento de cerca de 600 empregados do complexo. De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio Grande e São José do Norte, Sadi Machado, a ação iniciou há cerca de um mês e não foi uma surpresa para os funcionários.
O dirigente comenta que as demissões faziam parte do cronograma da empresa e estão dentro da sazonalidade do setor naval, agora com perspectiva de redução da demanda. Machado especula que a medida seja consequência da iminência da conclusão dos serviços realizados no casco da plataforma de petróleo P-68. A estrutura, após deixar o Estado, seguirá para o Estaleiro Jurong, em Aracruz (ES), para início das práticas de integração.
Esse processo compreende basicamente a instalação sobre o casco e a interligação de todos os demais módulos e equipamentos da plataforma. O casco da P-68 pesa 353 mil toneladas, tem 288 metros de comprimento, 54 metros de largura e 31 metros de altura e é idêntico aos cascos da P-66 e P-67 já entregues pelo Estaleiro Rio Grande.
Machado calcula que, após as demissões, a Ecovix manterá ainda mais 3 mil a 3,5 mil trabalhadores no município. Somando-se a mão de obra dos outros estaleiros da região, EBR e QGI, o número de empregos chega a aproximadamente 6,5 mil. Se as atuais demissões não foram uma surpresa, o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio Grande e São José do Norte teme pelo futuro incerto do polo naval gaúcho. "Com o desmonte que está havendo da Petrobras, os estaleiros poderão ter que atender somente à iniciativa privada para fazer reparos e não mais novas plataformas", adverte Machado.
O dirigente comenta que muitos profissionais ligados ao segmento naval já estão procurando outras ocupações. O sindicalista recorda que no auge da atividade do polo naval, em 2013, chegou-se ao patamar de cerca de 24 mil postos de trabalho gerados. A reportagem do Jornal do Comércio não conseguiu entrar em contato com a Ecovix para comentar os cortes feitos pela companhia.
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