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Economia

- Publicada em 21 de Novembro de 2016 às 09:49

Mercado espera menos inflação e queda maior do PIB para este ano

Agência Estado
Os economistas do mercado financeiro mudaram para melhor suas projeções para a inflação neste ano. O Relatório de Mercado Focus divulgado na manhã desta segunda-feira (21) pelo Banco Central (BC), mostra que a mediana para o IPCA - o índice oficial de inflação - este ano passou de 6,84% para 6,80%. Há um mês, estava em 6,89%. Já o índice para o ano que vem permaneceu em 4,93%. Há quatro semanas, apontava 5,00%.
Os economistas do mercado financeiro mudaram para melhor suas projeções para a inflação neste ano. O Relatório de Mercado Focus divulgado na manhã desta segunda-feira (21) pelo Banco Central (BC), mostra que a mediana para o IPCA - o índice oficial de inflação - este ano passou de 6,84% para 6,80%. Há um mês, estava em 6,89%. Já o índice para o ano que vem permaneceu em 4,93%. Há quatro semanas, apontava 5,00%.
Entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para este ano caiu de 6,83% para 6,79%. Para 2017, seguiu em 4,81%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de, respectivamente, 6,89% e 5,03%. Já a inflação suavizada para os próximos 12 meses subiu de 4,93% para 4,94% de uma semana para outra - há um mês, estava em 4,95%.
Entre os índices mensais mais próximos, a estimativa para novembro caiu de 0,39% para 0,36%. Um mês antes, estava em 0,40%. No caso de dezembro, a previsão do Focus seguiu em 0,60%, mesmo porcentual de quatro semanas atrás.
No Relatório Trimestral de Inflação (RTI) divulgado no fim de setembro, o BC havia apresentado suas estimativas mensais para o IPCA no curto prazo, sendo que a taxa projetada na época para a inflação em novembro era de 0,45%.
Na ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), que justificou a decisão do colegiado de reduzir a Selic (a taxa básica de juros) de 14,25% para 14,00% ao ano, o BC afirmou que cortes maiores dependerão da retomada da desinflação de serviços e de avanços no ajuste fiscal.
A inflação de alimentos, que em documentos anteriores era citada pelo BC, deixou de ser um dos principais problemas para o afrouxamento monetário. A instituição também confirmou na ata suas projeções para a inflação nos próximos anos, pelo cenário de referência: 7,0% em 2016, 4,3% em 2017 e 3,9% em 2018.
Em comunicação recente, já após a eleição de Donald Trump nos EUA, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou que a mensagem da última ata do Copom continua válida.

Retração do PIB em 2016 passa de 3,37% para 3,40%

O Relatório Focus trouxe mudanças nas projeções de atividade no País, na esteira da divulgação do Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br) de setembro, na semana passada. Pelo documento, as estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) mostram aprofundamento da recessão, com a retração passando de 3,37% para 3,40%. Foi a sétima semana consecutiva de piora nas projeções para a atividade neste ano. Há um mês, a perspectiva era de recuo de 3,22%.
O BC informou na semana passada que o IBC-Br de setembro subiu 0,15% ante agosto na série ajustada. Apesar do ganho mensal, o indicador de tendência do PIB fechou o terceiro trimestre com retração de 0,78% ante o segundo trimestre, o que reforçou entre alguns economistas a percepção de que a retomada da economia ficou mais para frente.
Na ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), os diretores do BC disseram, ao abordar a questão do crescimento, que "os indicadores de agosto situaram-se abaixo do esperado", mas ponderaram que oscilações tendem a ocorrer em momentos de estabilização da economia.
Para 2017, o Focus mostra que a percepção também piorou. O mercado prevê para o País um crescimento de 1,00% no próximo ano, abaixo do 1,13% projetado uma semana antes. Há um mês, a expectativa era de 1,23%. O BC trabalha com uma retração de 3,3% para o PIB em 2016 e com uma alta de 1,3% para 2017. Já o Ministério da Fazenda, que projeta avanço de 1,6% para o próximo ano, vai divulgar nesta semana uma estimativa atualizada e menor que a atual.
No relatório divulgado hoje, as projeções para a produção industrial seguem indicando um cenário difícil. A queda prevista para este ano passou de 6,06% para retração de 6,02%.
Para 2017, a projeção de alta da produção industrial seguiu em 1,11%. Há um mês, as expectativas para a produção industrial estavam em recuo de 6,00% para 2016 e alta de 1,11% para 2017. No início de novembro, o IBGE informou que a produção industrial subiu 0,5% em setembro ante agosto, mas recuou 4,8% em relação ao mesmo mês de 2015.
Já as projeções para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para este ano passaram de 45,42% para 44,90% no Focus. Há um mês, também estava em 44,90%. Para 2017, as expectativas no boletim Focus foram de 50,10% para 49,90% ante projeção apontada um mês atrás de 49,70%.
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