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Conjuntura

- Publicada em 17 de Novembro de 2016 às 19:29

Varejo tem leve otimismo para 2017

Furukawa, da Quero Quero, crê que desempenho no Interior será bom

Furukawa, da Quero Quero, crê que desempenho no Interior será bom


ANTONIO PAZ/JC/
Vem da agricultura parte do contido otimismo que o setor de varejo demonstra para 2017, aliada a certa redução da inadimplência - que permite a retomada no consumo. Foram esses alguns um dos temas que marcaram o Business Meeting, promovido pela CDL POA, na tarde de ontem. Peter Furukawa, presidente da rede de lojas Quero Quero, do privet equity Advent International, um dos primeiros palestrantes, aplicou certa injeção de ânimo nos empresários locais com seu realismo. Furukawa se sobressaiu pela serenidade.
Vem da agricultura parte do contido otimismo que o setor de varejo demonstra para 2017, aliada a certa redução da inadimplência - que permite a retomada no consumo. Foram esses alguns um dos temas que marcaram o Business Meeting, promovido pela CDL POA, na tarde de ontem. Peter Furukawa, presidente da rede de lojas Quero Quero, do privet equity Advent International, um dos primeiros palestrantes, aplicou certa injeção de ânimo nos empresários locais com seu realismo. Furukawa se sobressaiu pela serenidade.
"A agricultura deve nos ajudar em 2017. Somos um rede com muitas unidades no Interior. As commodities deve levar essas lojas a ter desempenho melhor. Ainda assim, na nossa projeção para 2017, não prevemos crescimento. Não que não esperamos que ocorra, mas trabalhamos com outra perspectiva" diz o executivo, que ainda assim anunciou a abertura de dez nova lojas e aquisição de quatro outras empresas locais em 2017.
Ao explicar as razoes para a posição de resguardo, Furukawa diz que é preferível olhar pra a redução custos e vendas menores, se preparar para isso do que esperar o contrário e ser pego desprecavido. Quando a vendas vieram, ai é a hora de comemorar. Ainda assim, com cautela. "Não há mérito em crescer quando todo mundo cresce. Agora, se todos estão em queda e tu cresce 2%, é uma vitória" ressalta Furukawa
Assim como Furukawa, Alcides Debus, presidente da CDL POA, também aposta na agricultura para a recuperação das vendas do varejo no próximo ano, especialmente pela recente revalorização do dólar. Com apoio, claro, da redução de consumidores com dívidas em atraso."Alguns setores já apresentam crescimento, como em bens de menor valor agregado. Mas ninguém faz alarde ou comemoração sobre alta em um ou outro mês temendo ser algo pontual" conta Debus.
O economista da Boa Vista SCPC, Flávio Calife diz que, apesar de haver um certa desaceleração no otimismo geral - de empresários e consumidores - em relação ao registrado no início do trimestre, ainda há perspectivas de melhoras para o próximo ano. "A inflação deve reduzir e o PIB crescer um pouco. A inadimplência já caiu. Mas ainda não vemos uma recuperação maior do emprego. É por isso que houve certo retrocesso na otimismo. Quando tu espera que algo melhore nos próximos meses e isso não corre, você fica um pouco mais cético" avalia Calife.
No cenário governamental, o cientista polícia Fernando Schüller, professor do Insper, avalia que o governo de Michel Temer enfrentará turbulências, mas que teria condições de atravessar o período sem derrubar a aeronave. O fato de Temer contar com boa base de apoio no Congresso, como há muito não se via no Brasil, é um dos fatores positivos para a economia
"Ele conseguiu aprovar as PECs 241 (do teto de gastos para o setor público) e a 36 (redução no números de partidos). Mas há no horizonte Lava-Jato, que pode atingir nomes importantes do atual governo. Também vem por aí a polêmica reforma da previdência, cuja base, de 65 anos de idade mínima, é rejeitada por 60% da população" analisa Schüller.

Previsões da Boa Vista SCPC para 2017 Fonte: Flávio Calife

Inflação: 4,8% (a projeção da pesquisa Focus, do Banco Central, é de 6,8%)
Dólar: R$ 3,50 (feito antes da previsão da vitória de Donald Trump nos EUA e ainda sem avaliar o que virá após a posse, em 20 de janeiro)
Desemprego: 11% (ligeira queda em relação aos 12% previstos para o fechamento do ano)
PIB: alta de 1,2% (a projeção da pesquisa Focus, do Banco Central, é de - 3,37%)