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Economia

- Publicada em 16 de Novembro de 2016 às 20:24

Impacto de Trump será indireto, diz Pedro Parente

Parente mantém estimativa de preço entre US$ 45 e US$ 65 o barril

Parente mantém estimativa de preço entre US$ 45 e US$ 65 o barril


YASUYOSHI CHIBA/AFP
O presidente da Petrobras, Pedro Parente, prevê que a vitória do republicano Donald Trump na eleição presidencial dos Estados Unidos não deve ter impacto direto para o Brasil e para a Petrobras. Em sua campanha, o mercado de petróleo e gás foi um dos temas citados com frequência por Trump. Se cumpridas, promessas como remover regulações ambientais para a exploração nos EUA, reduzir importações, enfrentar o cartel dos exportadores e renegociar o acordo nuclear com o Irã poderiam ter impacto significativo nos preços do petróleo.
O presidente da Petrobras, Pedro Parente, prevê que a vitória do republicano Donald Trump na eleição presidencial dos Estados Unidos não deve ter impacto direto para o Brasil e para a Petrobras. Em sua campanha, o mercado de petróleo e gás foi um dos temas citados com frequência por Trump. Se cumpridas, promessas como remover regulações ambientais para a exploração nos EUA, reduzir importações, enfrentar o cartel dos exportadores e renegociar o acordo nuclear com o Irã poderiam ter impacto significativo nos preços do petróleo.
Em evento em Washington ontem organizado pelo Brazil Institute, do Wilson Center, Parente observou que há três grupos de opinião em relação a Trump, um de que "vai ser terrível", outro que não sabe o que vai acontecer, e um "menor", prevendo que as coisas vão melhorar. "Não vou dizer que algum deles está certo. Mas o impacto para o Brasil e para a Petrobras será muito mais indireto que direto. Não temos um acordo comercial com os EUA, então estamos em uma situação diferente da de outros países. Entendo porque esses países estão preocupados, mas não acho que é o caso do Brasil e da Petrobras", disse. Para ele, o impacto indireto para o País virá das consequências que as políticas de Trump terão para a economia mundial, "não especificamente o Brasil".
Em relação ao possível "efeito Trump" nos preços do petróleo, o presidente da Petrobras afirmou que a estatal mantém sua estimativa de que o barril ficará entre US$ 45 e US$ 65 nos próximos dois anos, e entre US$ 60 e US$ 70 nos dois anos seguintes. Ontem, o barril teve queda de 0,31%, para US$ 45,67. "Sobre o impacto nos preços do petróleo, eu sempre lembro o que o ex-ministro Delfim Netto dizia sobre a taxa de câmbio, que é uma variável criada pelo demônio para desmoralizar os economistas. Eu acho que é muito difícil prever o preço do petróleo, especialmente nestas circunstâncias em transformação", afirmou.
Depois de passar por Nova Iorque, Parente repetiu na capital norte-americana uma apresentação em que enumerou alguns progressos na situação da Petrobras desde que assumiu a presidência da estatal, no fim de maio. Ele afirmou que a Petrobras foi vítima de uma "gangue" que a levou à deterioração de suas contas e a uma dívida de US$ 123 bilhões, a maior do mundo para uma empresa listada em bolsa.
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