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Economia

- Publicada em 13 de Novembro de 2016 às 19:33

Em três anos, valor de projetos da Petrobras fica R$ 109 bilhões menor

A Petrobras cortou, entre o fim de 2014 e setembro deste ano, o valor de seus projetos em R$ 109,1 bilhões, fato que deve levar a empresa a fechar o terceiro ano seguido com prejuízo em 2016. Os cortes foram provocados pela revisão das projeções de receita de diversos projetos, determinada pelas variações do câmbio e do preço do petróleo, pelo aumento do risco-país, pelo adiamento da entrada em operação e pela adoção de cálculos mais realistas que os feitos pelas gestões anteriores.
A Petrobras cortou, entre o fim de 2014 e setembro deste ano, o valor de seus projetos em R$ 109,1 bilhões, fato que deve levar a empresa a fechar o terceiro ano seguido com prejuízo em 2016. Os cortes foram provocados pela revisão das projeções de receita de diversos projetos, determinada pelas variações do câmbio e do preço do petróleo, pelo aumento do risco-país, pelo adiamento da entrada em operação e pela adoção de cálculos mais realistas que os feitos pelas gestões anteriores.
O resultado imediato desses cortes é o não pagamento de dividendos aos investidores, já que são fator determinante nos prejuízos que a empresa tem acumulado. Em 2016, quando reduziu o valor dos ativos em R$ 16,8 bilhões, a companhia acumula prejuízo de R$ 16,5 bilhões, que dificilmente será revertido no quarto trimestre.
Se não fossem os itens extraordinários (baixas e provisões), ela teria tido ganho de R$ 600 milhões. "A baixa foi muito acima do esperado, mas, do ponto de vista prático, a direção da empresa mostra que está arrumando a casa e limpando o balanço", diz o analista de investimento Pedro Galdi, da Upside Investor.
Conhecida como "impairment", a reavaliação no valor dos ativos é geralmente feita uma vez por ano, para adequar as projeções de receita que uma empresa terá com seus projetos à variação de indicadores econômicos e de mercado.
No caso da Petrobras, essa análise sofreu forte impacto da superavaliação de projetos que depois se tornaram alvo da Operação Lava Jato. No balanço de 2014, ela reduziu o valor dos ativos em R$ 44,6 bilhões, principalmente pela revisão das premissas que levaram à aprovação de projetos que não saíram do papel ou não serão concluídos como esperado, como as refinarias do Maranhão, do Ceará e Abreu e Lima e o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).
Um ano depois houve nova baixa, de R$ 44,345 bilhões, agora com forte influência dos efeitos da queda do preço do petróleo no valor dos projetos de exploração e produção.
Em 2016, os campos de petróleo continuam liderando a lista das maiores baixas, com R$ 5,9 bilhões. Há ainda projetos recorrentes nas reavaliações de ativos da empresa, como a refinaria Abreu e Lima (R$ 2,5 bilhões) e o Comperj (R$ 1,2 bilhão).
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