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Economia

- Publicada em 10 de Novembro de 2016 às 19:32

Inflação está baixando 'muito rápido', diz presidente do BC

Presidente do Banco Central destacou reformas previdenciária e fiscal

Presidente do Banco Central destacou reformas previdenciária e fiscal


ABR/MARCELO CAMARGO/ABR/JC
O presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, citou nesta quinta-feira, durante palestra em evento promovido pela Universidade do Chile, o resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro, cuja alta acumulada em 12 meses foi de 7,87%. "A inflação acumulada de outubro foi de cerca de 7,8%. A inflação está baixando muito rápido", afirmou.
O presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, citou nesta quinta-feira, durante palestra em evento promovido pela Universidade do Chile, o resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro, cuja alta acumulada em 12 meses foi de 7,87%. "A inflação acumulada de outubro foi de cerca de 7,8%. A inflação está baixando muito rápido", afirmou.
Segundo ele, a intenção do BC é fazer a inflação retornar para a meta de 4,5% em 2017 e em 2018, mantendo o índice sob controle nos anos seguintes. "Já temos resultados, já nos animamos um pouco mais nos últimos seis meses", comentou.
O presidente do BC citou a melhora da confiança da indústria, "que estava baixa e subiu", e também a melhora na confiança dos consumidores.
Durante a palestra, Goldfajn também expôs um gráfico com o movimento do câmbio no Brasil nos últimos meses. Ele destacou a volatilidade, mas ponderou que isso é "normal" em função do cenário externo.
"A bolsa de valores indica que os investidores esperam por um futuro melhor", afirmou Goldfajn, que também destacou, em um gráfico, a queda das taxas de juros de 5 anos no Brasil. "A taxa de juros de 5 anos já baixou 525 pontos-base no Brasil", disse.
O presidente do Banco Central voltou a defender os ajustes econômicos no Brasil, como pré-requisito para a queda da inflação e o crescimento sustentável. "Há de se trabalhar e fazer as reformas enquanto temos a oportunidade", afirmou Goldfajn.
Goldfajn voltou ainda a citar o chamado "interregno benigno" vivido pelas economias emergentes - um período favorável no exterior em que, segundo ele, o Brasil deve aproveitar para fazer as reformas necessárias. "Este ano tivemos um período em que o fluxo de capitais ajudou nossos ativos", disse.
Em sua apresentação, ele destacou duas reformas principais a serem feitas pelo Brasil: a fiscal e a previdenciária. Segundo Goldfajn, as reformas fiscais são "uma das condições para recuperar a confiança" no País. Um dos pontos importantes, de acordo com o presidente do BC, é a limitação dos gastos públicos, "um problema que o Brasil enfrenta há 30, 40 anos".
Goldfajn destacou que a Câmara recentemente aprovou o Projeto de Emenda à Constituição (PEC) que limita os gastos públicos, "com maioria dos parlamentares", e disse que tudo indica que o Senado também aprovará a matéria.
A segunda reforma importante, citada por Goldfajn, é a da Previdenciária. Além disso, o presidente do BC citou a necessidade de o País passar por reformas que elevem sua produtividade.
Ao explicitar o contexto atual vivido pelo Brasil, Goldfajn afirmou que o País passou recentemente por políticas "não adequadas" e que a crise "veio muito mais forte e rápida do que imaginávamos". "Tivemos no País políticas que aumentaram a crise, e não a absorveram", comentou o presidente do BC, para quem as políticas intervencionistas também levaram a um custo maior.
"Os preços administrados subiram e a inflação foi a 11%", disse Goldfajn, ao citar o IPCA de 2015, que encerrou pouco abaixo deste nível. "Estamos trabalhando para que a inflação de 11% baixe para a meta de 4,5%", acrescentou.
Ainda ao abordar a política econômica de anos anteriores no Brasil, Goldfajn destacou o aumento da dívida pública em função dos gastos fiscais. "Tivemos ainda uma crise política, não por coincidência. Não é coincidência termos crise econômica e política. Essas duas crises se autoalimentam", afirmou.
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