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Economia

- Publicada em 13 de Novembro de 2016 às 22:24

Atividade turística ainda é pouco expressiva no PIB gaúcho

Região da Uva e Vinho, Hortênsias, Litoral Norte e Capital se destacam no desenvolvimento de ações

Região da Uva e Vinho, Hortênsias, Litoral Norte e Capital se destacam no desenvolvimento de ações


CASSIUS ANDR/DIVULGAÇÃO/JC
Adriana Lampert
A Fundação de Economia e Estatística (FEE) lançou na quinta-feira um estudo sobre o turismo no Rio Grande do Sul, apresentando uma série de estatísticas e análises sobre o setor, dentre as quais a informação de que o Valor Adicionado Bruto (VAB) da pasta representa apenas 2,6% do total de toda a economia no Estado. "As atividades características diretamente ligadas ao turismo ainda são pouco expressivas no PIB (Produto Interno Bruto) gaúcho", admite o economista da FEE, Tomás Fiori. Segundo o técnico, para que o setor possa contribuir mais para o desenvolvimento do Estado será preciso que se pense a atividade em conjunto com todas as demais.
A Fundação de Economia e Estatística (FEE) lançou na quinta-feira um estudo sobre o turismo no Rio Grande do Sul, apresentando uma série de estatísticas e análises sobre o setor, dentre as quais a informação de que o Valor Adicionado Bruto (VAB) da pasta representa apenas 2,6% do total de toda a economia no Estado. "As atividades características diretamente ligadas ao turismo ainda são pouco expressivas no PIB (Produto Interno Bruto) gaúcho", admite o economista da FEE, Tomás Fiori. Segundo o técnico, para que o setor possa contribuir mais para o desenvolvimento do Estado será preciso que se pense a atividade em conjunto com todas as demais.
O estudo utilizou a lista de produtos e serviços característicos do turismo - como alimentação, hospedagem, transporte, lazer e cultura - proposta pela Organização Mundial do Turismo (OMT) para saber o peso dessas atividades no PIB da economia gaúcha e como cada segmento contribui para o setor. Segundo os dados, o VAB das atividades características do turismo (ACTs) no Rio Grande do Sul foi de R$ 7,4 bilhões em 2013, o equivalente a 4% do VAB do total (destes e outros) serviços no Estado. Em comparação com o resultado para o Brasil, onde o VAB das atividades do setor representa 7%, essa participação fica bem abaixo da média nacional.
Dentro do VAB do turismo gaúcho, 50,2% é de responsabilidade de hospedagens e alimentação, que juntos respondem R$ 3,7 bilhões do valor adicionado das atividades. "E ainda é preciso considerar que esses dados também são muito relativos, afinal nem todos os restaurantes do Estado atendem turistas, por exemplo", pondera Fiori. Mesmo assim, conhecer a dimensão deste setor no total de atividades econômicas possibilita a elaboração de políticas públicas para aproveitar melhor o potencial, atrair turistas e dinamizar o desenvolvimento de cada região, emenda o economista Centro de Indicadores Econômicos e Sociais da FEE, Guilherme Risco. Segundo ele, as atividades econômicas relacionadas ao turismo são importantes por atender à demanda externa com serviços locais.
"Seus impactos permitem a dinamização das regiões através de empregos, renda e impostos gerados", afirma Risco, lembrando que o fluxo de turistas vem aumentando no mundo inteiro, devido aos meios de deslocamento cada vez mais acessíveis, ao maior espaço destinado ao lazer no consumo das famílias e ao aumento das viagens de negócios e estudos, impulsionados pelo aumento da integração econômica e da renda média mundial.
Fiori lembrou que a recente regionalização (Mapa do Turismo, regrado pelo Ministério do Turismo) não contempla todos os 497 municípios, privilegiando aqueles em que existe algum tipo de sistema de governança das ações voltadas para a gestão da pasta. "Sendo assim, 203 municípios não constam no Mapa, apesar de muitos contemplarem a atividade", ponderou. Além da representatividade geral de cidades não regionalizadas, o economista aponta que natureza da própria mensuração das ACTs e sua contribuição para o VAB das regiões do Estado permitem estimar, "paradoxalmente", as contas do turismo em municípios não turísticos ou, ao menos, não regionalizados.
Segundo o economista da FEE, fato é que as atividades relacionadas ao turismo não estão sendo suficientes para evitar, por exemplo, o êxodo da população de municípios menores, uma vez que não tem alavancado significativamente o desenvolvimento das regiões. "Mas sempre valerá investir, no entanto precisa ser em conjunto com outras frentes." De acordo com o levantamento, Porto Alegre, Região das Hortênsias (em especial Gramado), Litoral Norte e Uva e Vinho têm tido papel mais relevante neste sentido.
Presente na apresentação do estudo, o diretor estadual de Turismo, Abdon Baretto Filho, considerou que em determinadas cidades o impacto do setor é "muito relevante". "Além disso, a atividade é importante para a autoestima e qualidade de vida da população destes municípios." Neste sentido, o diretor de Turismo avalia que o estudo é relevante para corroborar alguns pontos e alertar outros com foco em critérios para criação de políticas públicas para a pasta.
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