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Economia

- Publicada em 09 de Novembro de 2016 às 22:27

Quase 10 mil pessoas se habilitam a vagas de emprego em mutirão

Mais de 2 mil pessoas encararam fila sob chuva para disputar 550 vagas de emprego em Porto Alegre

Mais de 2 mil pessoas encararam fila sob chuva para disputar 550 vagas de emprego em Porto Alegre


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Patrícia Comunello
O mutirão de vagas para emprego que ocorreu ontem em 67 agências do Sine no Rio Grande do Sul atraiu quase 20 mil pessoas, segundo a Fundação Estadual do Trabalho e Ação social (FGTAS). Em disputa, estavam quase 3,5 mil vagas ofertadas por 117 empresas. Somente em Porto Alegre, a oferta de 556 postos atraiu mais de 2 mil desempregados, que madrugaram, enfrentaram longa fila e ainda chuva. 
O mutirão de vagas para emprego que ocorreu ontem em 67 agências do Sine no Rio Grande do Sul atraiu quase 20 mil pessoas, segundo a Fundação Estadual do Trabalho e Ação social (FGTAS). Em disputa, estavam quase 3,5 mil vagas ofertadas por 117 empresas. Somente em Porto Alegre, a oferta de 556 postos atraiu mais de 2 mil desempregados, que madrugaram, enfrentaram longa fila e ainda chuva. 
A ação na Capital do EmpregarRS ocorreu no Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), no Centro Histórico. No fim da manhã, funcionários da fundação passaram a orientar as pessoas que ainda chegavam ao local que não seria possível atender todo mundo. Desempregada há nove meses, Danise de Oliveira chegou às 7h à fila em busca de um posto de auxiliar de cozinha ou limpeza. "Recebo R$ 100,00 do Bolsa Família e pago a creche do meu filho. Se não fosse a minha mãe ajudar, mal daria para a gente comer", descreveu Danise sobre as dificuldades. "A gente só está aqui (na fila) porque precisa", disse a desempregada.  
O presidente da FGTAS, Gilberto Baldasso, citou que a falta de luz entre 12h e 13h acabou atrapalhando o ritmo de atendimento, que se prolongou até o fim da tarde. Muitos acabaram recebendo senhas para se apresentar em postos do Sine a partir de hoje. Baldasso lembrou que as empresas estão cada vez mais exigentes. Prova disso é a proporção de colocados frente a ofertas de trabalho intermediadas pelos Sines. Das 6.656 vagas captadas pelas agências de janeiro a setembro, apenas 1.140 resultaram em contratações. A FGTAS teria de ajudar na capacitação dos pretendentes, mas não tem verbas estaduais e federais.
"Os que vêm aqui são os menos qualificados", observou o dirigente. O problema, admite, é que os programas na área estão suspensos desde 2015. "Depende do Ministério do Trabalho. O ministro (Ronaldo Nogueira, que é gaúcho) vê possibilidade que alguma coisa comece em 2017, mas é só conversa, nada concreto", lamenta. Operário da construção, Sandro Nroeriqus veio de Alegrete disposto a brigar por qualquer vaga. "Trabalhava em uma empresa que tinha 360 funcionários e agora só tem 60. Fui no pacote (dos demitidos)", lamentou Nroeriqus, que tem mulher e dois filhos. "Vim com R$ 150,00, gastei R$ 124,00 em passagem e agora terminou o dinheiro. Preciso de carona para voltar para casa."
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