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Trabalho

- Publicada em 08 de Novembro de 2016 às 18:30

'Ninguém está perseguindo aposentados', afirma Temer

Situação previdenciária pode gerar desastre, ressaltou Michel Temer

Situação previdenciária pode gerar desastre, ressaltou Michel Temer


JOSÉ CRUZ/JC
Sob críticas de centrais sindicais e entidades trabalhistas, o presidente Michel Temer fez uma defesa enfática ontem da reforma previdenciária que deve ser enviada ao Congresso Nacional no mês de dezembro. Segundo Temer, é necessário "colocar o dedo na ferida" e reduzir o atual déficit previdenciário que, segundo ele, pode gerar um "desastre no País". "Nós temos de pôr o dedo nesta ferida. Neste ano, teremos quase R$ 150 bilhões de déficit da Previdência Social, e os estados estão praticamente quebrados", disse.
Sob críticas de centrais sindicais e entidades trabalhistas, o presidente Michel Temer fez uma defesa enfática ontem da reforma previdenciária que deve ser enviada ao Congresso Nacional no mês de dezembro. Segundo Temer, é necessário "colocar o dedo na ferida" e reduzir o atual déficit previdenciário que, segundo ele, pode gerar um "desastre no País". "Nós temos de pôr o dedo nesta ferida. Neste ano, teremos quase R$ 150 bilhões de déficit da Previdência Social, e os estados estão praticamente quebrados", disse.
O presidente ressaltou, contudo, que a intenção do Palácio do Planalto não é perseguir aposentados, mas evitar que o déficit previdenciário chegue ao valor do PIB (Produto Interno Bruto) em 2024. Para Temer, a reforma previdenciária é "quase uma consequência" da proposta do teto de gastos públicos, aprovada pela Câmara dos Deputados.
O presidente participou ontem do seminário Infraestrutura e Desenvolvimento do Brasil, promovido pelo jornal Valor Econômico e pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). No discurso, o peemedebista fez críticas ainda ao discurso dos partidos de oposição contra a proposta do teto de gastos públicos, que tramita atualmente no Senado Federal.
Segundo Temer, a "pregação" feita é que o governo federal pretende "acabar com os trabalhadores" e "destruir o setor da saúde e da educação". "Como se a nossa tarefa, ao chegar no governo federal, fosse destruir o setor da saúde e da educação. Acabar com os trabalhadores. Essa é a pregação que se faz", criticou.
O peemedebista negou que as duas áreas sofrerão impacto orçamentário. Ele reconheceu, contudo, que alguns setores "terão alguma dificuldade". "Não é um teto para saúde ou um teto para a educação, mas um teto geral. Então, remaneja-se de um setor para o outro. Evidentemente, alguns setores terão algumas dificuldades, mas elas estabelecerão um bloqueio para setores fundamentais ao País", afirmou o presidente.

'Todos somos culpados', declara Padilha sobre Previdência

A Previdência chegou à situação deficitária em que se encontra por omissão da classe política e da sociedade brasileira, admitiu o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, durante congresso da Fundação Ulysses Guimarães, do PMDB.
"Todos fomos e somos culpados", afirmou. "Vimos a despesa crescendo acima da capacidade do Estado e deixamos."
Padilha comentou que, desde 1991, o gasto público brasileiro vem crescendo em média 6% acima da inflação, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) dificilmente chegou a isso. "Foi instalada uma fábrica de bondades", disse o ministro da Casa Civil. "Há 25 anos, estamos cavando o buraco." Agora, afirmou, chegou a hora de ajustar a conta e frear o crescimento do déficit público.