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Mercado Digital

- Publicada em 30 de Novembro de 2016 às 22:49

A pós-verdade de todos nós


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Momentos delicados e emotivos exigem muita sensibilidade das empresas. Em meio à comoção mundial com o acidente aéreo que vitimou os jogadores da Chapecoense, algumas marcas tiveram a sua credibilidade arranhada. O Catraca Livre, site de jornalismo, provocou indignação ao publicar matérias antigas com a reação de pessoas em acidentes de avião e links sobre mitos de viagem aérea. Pisou na bola ao buscar esse momento de consternação para ter mais likes e o que conseguiu foi perder milhares de seguidores. O pedido de desculpas do criador do site veio, mas foi meio torto - especialmente quando ele comentou as premiações recebidas ao longo dos anos. "Um errei, desculpa, não faremos novamente, teria sido mais adequado", aconselha o professor de Inovação Digital da ESPM, Gil Giardelli. O especialista, entretanto, questiona a ferocidade das reações. "O Catraca Livre se equivocou, sem dúvida, mas será que o que eles fizeram precisava se tornar algo tão grande?". Pós-verdade, a palavra do ano segundo o dicionário Oxford, diz muito sobre o momento em que vivemos. Basicamente, não importam os fatos, importa a minha verdade. "Quando vivemos um mundo assim, especialmente com as redes sociais potencializando as reações, criamos essa era de extremismos", alerta Giardelli.
Momentos delicados e emotivos exigem muita sensibilidade das empresas. Em meio à comoção mundial com o acidente aéreo que vitimou os jogadores da Chapecoense, algumas marcas tiveram a sua credibilidade arranhada. O Catraca Livre, site de jornalismo, provocou indignação ao publicar matérias antigas com a reação de pessoas em acidentes de avião e links sobre mitos de viagem aérea. Pisou na bola ao buscar esse momento de consternação para ter mais likes e o que conseguiu foi perder milhares de seguidores. O pedido de desculpas do criador do site veio, mas foi meio torto - especialmente quando ele comentou as premiações recebidas ao longo dos anos. "Um errei, desculpa, não faremos novamente, teria sido mais adequado", aconselha o professor de Inovação Digital da ESPM, Gil Giardelli. O especialista, entretanto, questiona a ferocidade das reações. "O Catraca Livre se equivocou, sem dúvida, mas será que o que eles fizeram precisava se tornar algo tão grande?". Pós-verdade, a palavra do ano segundo o dicionário Oxford, diz muito sobre o momento em que vivemos. Basicamente, não importam os fatos, importa a minha verdade. "Quando vivemos um mundo assim, especialmente com as redes sociais potencializando as reações, criamos essa era de extremismos", alerta Giardelli.
Netshoes
A NetShoes, um dos maiores sites de e-commerce do Brasil, também irritou os internautas quando, após a tragédia, alterou o preço da camiseta oficial da Chapecoense de R$ 159,00 para R$ 249,00. De acordo com a empresa, a mudança foi automática, pois o preço anterior era o promocional da Black Friday. De fato, os players de e-commerce desse porte costumam usar ferramentas que balanceiam os preços. Se muita gente tenta comprar um produto, o sistema aumenta o preço. Mas, sem dúvida, faltou sensibilidade.
Black "Fraude"
A reação agressiva das pessoas em situações como essas, mesmo que desproporcional em alguns momentos, reflete a perda da crença nas instituições. Está aí a "Black Fraude" para comprovar isso. Ou alguém se sentiu 100% confiante em comprar produtos no dia da promoção, depois de tantos comerciantes tentarem maquiar os preços em anos anteriores? "Vivemos o colapso da ética. Muitas empresas estão enganando os consumidores e os brasileiros, sempre que podem, tentam tirar uma casquinha do outro. Quando não tivermos mais isso, vivaremos uma nação de verdade", aponta Giardelli.
Cabify para empresas
Começa a operar hoje em Porto Alegre o Cabify Corporate. O novo serviço do player espanhol de mobilidade urbana é voltado para empresas e vai oferecer atendimento com suporte 24/7. Os gestores poderão ter controle do custo dos deslocamentos dos colaboradores e acompanhar as rotas. O sistema possibilita faturamento do serviço (pós pago).
Falta de noção
Vinte e cinco ligações em 24 horas. Esse foi o número de vezes que a cliente de uma empresa de TV por assinatura foi importunada por atendentes interessados em fazê-la acrescentar os serviços de telefonia móvel ao seu combo. Isso aconteceu na última sexta-feira, e continuou no sábado, na segunda, na terça. Não adiantou pedir para os seus números serem colocados no Não perturbe. O que aconteceu com ela acontece diariamente com milhares de clientes. Desespero por aumentar as vendas ou falta de um sistema inteligente de gestão das ligações feitas, tanto faz o que leva as empresas a agirem dessa forma. No final das contas, o estresse é todo do consumidor.
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