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Porto Alegre, sexta-feira, 11 de novembro de 2016. Atualizado �s 14h28.

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Not�cia da edi��o impressa de 11/11/2016. Alterada em 11/11 �s 15h28min

Fagner comemora 40 anos de carreira subindo ao palco em Porto Alegre

Fagner se apresenta no audit�rio Ara�jo Viana no s�bado

Fagner se apresenta no audit�rio Ara�jo Viana no s�bado


IRIS GAMENHA/DIVULGA��O/JC
Ricardo Gruner
Fagner vive fora da curva, nas palavras do próprio artista. Não usa computador, nem sabe o que significam os termos utilizados nas "novas mídias". E, em tempos nos quais muitos artistas estão se vendo obrigados a fazer shows com formatos mais enxutos, o cantor, compositor e instrumentista quer é crescer cada vez mais.
O cearense traz à capital gaúcha um espetáculo que celebra sucessos de quatro décadas de carreira - e o evento conta com participação de uma banda com mais nove músicos. A apresentação acontece no Auditório Araújo Vianna (Osvaldo Aranha, 685), a partir das 21h de sábado. Ingressos podem ser adquiridos no site Ingresso Rápido por valores entre R$ 70,00 e R$ 100,00. Antecipadamente, os tíquetes também são comercializados na bilheteria do Teatro do Bourbon Country (Túlio de Rose, 80).
Na preparação do repertório, Raimundo Fagner resgatou tanto representantes do seu primeiro disco, Manera fru fru, manera (Último pau-de-arara), lançado 1973, quanto faixas de Pássaros urbanos, de 2014. Ao longo deste período, fez quase de tudo: se dedicou a serestas, consagrou-se como ícone da música romântica e fortaleceu laços ora com a produção do Nordeste ora com a expoentes da América Latina. "Me criei ouvindo rádio, em uma época em que as rádios tocavam todo tipo de música. Por isso comecei moderno e depois fui mudando", conta ele, afirmando que sofreu críticas por essa diversidade. "Diziam que 'nos anos 1970 você era rebelde, fazia música para intelectuais, depois nos traiu'. Não, eu sou Brasil, sou plural", define.
Também é desde aquele período que Fagner vem trabalhando com poetas. Já musicou trabalhos do espanhol García Lorca e da portuguesa Florbela Espanca, além de nomes brasileiros. A relação com a poesia é tão grande que o compositor acredita que poderia ter um arquivo nacional de poetas e autores anônimos do Brasil: há anos ele recebe material em seu estúdio, em Fortaleza, e também nas gravadoras pelas quais passou. "As pessoas sabem que eu tenho essa relação. Já gravei e gravo.", afirma, deixando claro que não é hora de parar.
Alçado ao sucesso quando Elis Regina começou a interpretar quatro de suas músicas, o cearense lamenta que hoje os compositores sejam esquecidos pela mídia. "Sou da geração que, na rádio, diziam o título da música, o intérprete e os autores", recorda. "Hoje na TV é ridículo, há um erro terrível. Que deem o nome do cantor, mas não coloquem que a música é do cantor [caso seja assinada por outro artista]". A concessão do Prêmio Nobel de Literatura para Bob Dylan, compositor e letrista, foi o máximo para Fagner. "Ele é o começo da poesia na música, o poeta que inspirou toda nossa história musical recente e desbravou essa nova linguagem".
O artista adianta que já está preparando um disco - mas sem nenhum tipo de pressão. "Tenho duas músicas bem significativas, uma mais regional e outra mais balada, fora outras. Estou esperando o fim do ano para dar um destino", revela o artista, admirador do formato dos CDs. "Adoro as coisas que dizem que 'já era'. Adoro rádio, não sei se já disseram que já morreu ou não. E procuro ter as coisas na mão, esses dias fui procurar o disco novo do Nando Reis, o livro da Rita Lee...", exemplifica.
Mas por hora, ele garante, o que importa é a estrada. E aquilo que torna viável com que excursione com uma banda tão grande - e baseada no Norte, e não no centro do País - é a base de fãs. "Tenho uma família muito grande no Brasil todo", descreve o músico, que sobe ao palco apoiado por Cristiano Pinho (guitarra), Marcus Vinnie (teclados), Jorge Helder (baixo), Robertinho Marçal (bateria), Ricardo Neto(trompete), Rômulo Santiago (trombone), Thiago Rocha (sax tenor e flauta), Nonato Lima (acordeon) e Manassés Souza (violões e viola). "Existe a opção de diminuir custos, fazer um show apenas com bons violonistas, mas as pessoas estão querendo me ver inteiro, com meu DNA", comemora.
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