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Empresas & Negócios

- Publicada em 29 de Novembro de 2016 às 14:29

Pla do Brasil aposta na recuperação do setor de máquinas já em 2017

Renato Silva, gerente comercial e de marketing da Pla do Brasil

Renato Silva, gerente comercial e de marketing da Pla do Brasil


DIVULGAÇÃO/JC
Roberta Mello
A Pla do Brasil vem se consolidando como uma das mais importantes empresas do setor de máquinas agrícolas, com a linha completa de pulverizadores propelidos do País. O desenvolvimento da empresa em terras brasileiras, com sotaque gaúcho ao aportar na cidade de Canoas em 2004, foi acelerado em 2011 graças à incorporação ao Grupo Pampa Management Capital e ao aporte financeiro do fundo homônimo.
A Pla do Brasil vem se consolidando como uma das mais importantes empresas do setor de máquinas agrícolas, com a linha completa de pulverizadores propelidos do País. O desenvolvimento da empresa em terras brasileiras, com sotaque gaúcho ao aportar na cidade de Canoas em 2004, foi acelerado em 2011 graças à incorporação ao Grupo Pampa Management Capital e ao aporte financeiro do fundo homônimo.
Fundada em 1975 na Argentina, a Pla do Brasil mantém relação com a direção do país, porém, assumiu uma gestão mais independente na última década, atitude fundamental para que o grupo caminhasse em direção à globalização dos seus produtos. Desde 2011, a empresa passou de 15 pontos de vendas para 59 apenas no Brasil. Produz, em média, 90 máquinas por ano e teve faturamento bruto em torno de R$ 45 milhões no ano passado.
Em 2016, foi capaz de driblar as dificuldades econômicas e o afastamento de investidores externos. Neste ano, começou a exportar para a Rússia, o Cazaquistão e a Romênia e mantém importantes relações comerciais com Austrália, África do Sul e México, por exemplo.
Uma das mentes por trás desse desenvolvimento desde 2013 é o gerente comercial e de marketing da empresa, Renato Silva. Formado em Engenharia Mecânica, ele passou a maior parte da sua carreira profissional em outra gigante do mercado agrícola, o Grupo CNH (Case New Holand). Mas não hesitou quando teve a oportunidade de assumir o desafio de tornar a pequena fabricante de implementos agrícolas.
JC Empresas & Negócios - Desde a incorporação da Pla do Brasil ao Grupo Pampa Management Capital, a Pla optou por investir em uma gestão compartilhada. Foi quando você se somou ao grupo. O que esse tipo de gestão trouxe para a organização?
Renato Silva - A empresa contava com gestão familiar até o final de 2010, quando foi comprada pelo Fundo Pampa e mudou o estilo de gestão. Esse tipo de fundo quando compra uma empresa trabalha basicamente com duas linhas. A primeira delas é a profissionalização. A segunda é a injeção de capital. Por isso, apesar de a empresa já estar no Brasil desde 2004 eu diria que é muito jovem por que foi totalmente restruturada em 2011.
Empresas & Negócios - Dentro desse processo de reestruturação, quais foram as principais mudanças implementadas pela nova diretoria?
Silva - Na área de vendas e marketing atacamos em três pilares. Um é a parte de produto, a outra é a parte de rede e distribuição e a terceira é a parte de imagem da marca. Criamos um departamento de marketing voltado para o desenvolvimento dos produtos, que trabalham no âmbito da inteligência de mercado e de precificação e entende exatamente a necessidade dos clientes. Lançamos vários produtos desde 2011 e hoje, temos a linha mais completa de pulverizadores propelidos do Brasil. O segundo aspecto é a redistribuição. Criamos dentro do departamento de vendas e marketing um gestor de desenvolvimento de rede e definimos vários processos para trabalhar junto com essa redistribuição. Desde 2011, saímos de 15 pontos de venda para 59 pontos de venda no Brasil. A empresa vem em um crescimento bastante significativo de cobertura, principalmente no sul do País. E depois nos voltamos à imagem da marca e identificamos como oportunidade para melhorar o pós-venda. Melhoramos desde o atendimento até as peças de reposição, da parte de treinamento ao termo de garantia. 
Empresas & Negócios - A partir de 2010, como ficou a relação com a matriz na Argentina?
Silva - Depois da entrada no fundo, em vez de distanciar, o objetivo foi tornar a empresa mais multinacional. A ideia foi tentar aproveitar as sinergias em nível global e tentar entender as coisas que são feitas em uma região e passar pra outra. Por isso se definiu um CEO global que está alocado na Argentina. A Argentina ainda responde por 50% do mercado da PLA. O Brasil responde por apenas 5,6% de mercado. Temos ainda um escritório em Berlim e estamos entrando nos últimos anos no mercado norte-americano, que é bastante competitivo. A PLA vem buscando estar em vários mercados mantendo a conexão.
Empresas & Negócios - E qual a importância de manter uma interlocução com este e os demais países da América do Sul para uma empresa que trabalha com tecnologias agrícolas?
Silva - Nossa empresa foi fundada em 1975 e fabrica pulverizadores desde 1978. Tentamos tirar proveito dessa experiência de quase 40 anos. É isso que nos torna tão competitivos em relação aos diferenciais da máquina. Se olharmos os demais fabricantes do Brasil, poucos têm mais de 20 anos. Nós queremos respirar e viver a pulverização, diferente de outros concorrentes que têm o pulverizador propelido como um produto adicional. 
Empresas & Negócios - O mercado nacional ainda é o foco da PlA do Brasil?
Silva - Crescemos bastante no mercado brasileiro através dessa reestruturação, mas o aspecto exportação também tem feito parte do nosso progresso. Começamos no ano passado a exportar para o Leste europeu. Antes, os equipamentos saiam para lá somente do mercado argentino. Hoje, as máquinas com transmissão hidrostática saem apenas do Brasil, onde 90% do mercado agrícola é voltado a este dispositivo. Neste ano, exportamos as primeiras máquinas para a Rússia, o Cazaquistão e a Romênia. Mas o mercado brasileiro ainda é muito importante.
Empresas & Negócios - A recessão econômica tem afetado o setor de tecnologias agrícolas?
Silva - Sim, com certeza tem afetado. Em 2013, chegamos a um ápice de vendas e, desde então, viemos numa queda gradativa em todas as indústrias. Nossa participação ainda é pequena no mercado nacional e sofremos um pouco menos do que os concorrentes que têm uma presença maior. O ano de 2016 tende a fechar como um ponto de inflexão. Já em 2017 esperamos ter uma recuperação em relação a essa recessão.
Empesas & Negócios - Qual é a perspectiva para o futuro?
Silva - Vemos o cenário futuro de forma positiva para todo o segmento de implementos agrícolas e entendemos que ele tende a retomar o patamar de vendas de 2012 e 2013. Na Pla, fizemos um trabalho forte de reestruturação dos produtos e continuaremos trabalhando para entregar um produto com tecnologia de ponta pro produtor. Temos tudo para crescer nos próximos três anos e passar de 5% para 8,9% do mercado brasileiro.
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