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Nelson Marchezan Júnior diz que siglas não terão cotas no seu governo
ANTONIO PAZ/JC
Após uma noite de poucas horas de sono, o prefeito eleito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior (PSDB), começou às 6h55min desta segunda-feira uma maratona por veículos de imprensa que seguiu até depois das 23h. No início da noite, o tucano participou de entrevista ao programa Politiquim do Jornal do Comércio.
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Após uma noite de poucas horas de sono, o prefeito eleito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior (PSDB), começou às 6h55min desta segunda-feira uma maratona por veículos de imprensa que seguiu até depois das 23h. No início da noite, o tucano participou de entrevista ao programa Politiquim do Jornal do Comércio.
Nesta terça-feira, Marchezan deve se reunir com o atual chefe do Executivo, José Fortunati (PDT), que parabenizou o tucano por telefone e ficou de confirmar o momento do encontro. Segundo o vencedor da eleição, será "uma agenda informal de apresentação e início de conversa", prévia à transição de governo oficial.
O prefeito eleito já tem uma base de 11 partidos, mas não descarta o apoio de adversários na disputa eleitoral pela prefeitura da Capital. Apesar da tensão do segundo turno com o vice-prefeito Sebastião Melo (PMDB), o tucano diz que vai dialogar com todos os partidos e admite até a possibilidade de ter em seu governo algum quadro das 14 siglas que apoiaram o peemedebista.
"Vou administrar uma prefeitura que é herança do PDT e PMDB. Todos os partidos sabem que a dificuldade é gigantesca. Minha eleição é um pouco a sociedade querendo vida real, pragmatismo. Quer dizer, vamos falar com todos os partidos, vereadores. Espero muito apoio de todos na maioria das propostas", explica.
Partidos como o PMDB já discutem a posição que adotarão em relação ao governo Marchezan, se farão oposição ou apoiarão o governo. Ou seja, também entre os adversários na campanha está aberta a porta para uma futura composição.
O tucano garante que não haverá cotas de secretarias para as siglas aliadas. "A gente não vai partir de premissa partidária. O partido estaria em segunda instância. Não tem cota. O nosso critério é interesse público e buscar as melhores pessoas, com nomes inquestionáveis."
O prefeito eleito diz que ainda falta muita informação operacional para formatar seu governo, número de secretarias e nomes para a composição.
Marchezan não sabe, por exemplo, como está a situação financeira da prefeitura para o mês. "Não sei qual vai ser o déficit no fim do ano e o que deixará de ser pago para honrar os salários dos servidores", exemplifica. O tucano adianta que planeja ter responsabilidade nos gastos. "É administrar bem o dinheiro público, característica do PSDB."
Questionado se já tem uma ideia do tamanho da máquina pública na sua gestão e como isso será definido, diz que "não será obra de um homem só. Cada dia tem sua agonia, não chegou esta fase".
A declaração que deu ao Jornal do Comércio, no início do segundo turno, de que poderia privatizar a Carris, foi um dos temas que mais repercutiu nas entrevistas desta segunda-feira.
Marchezan também deixa aberta a porta de manter a empresa pública. "Vamos trazer bons gestores para a Carris, mostrar a situação e estabelecer meta com base na realidade atual. O prejuízo acumulado da Carris é de R$ 169 milhões. São R$ 50 milhões neste ano. Imagina colocar R$ 50 milhões na segurança, Porto Alegre seria a capital a mais segura do Brasil", projeta.