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Política

- Publicada em 31 de Outubro de 2016 às 23:18

Marchezan não descarta apoio de adversários

Nelson Marchezan Júnior diz que siglas não terão cotas no seu governo

Nelson Marchezan Júnior diz que siglas não terão cotas no seu governo


ANTONIO PAZ/JC
Após uma noite de poucas horas de sono, o prefeito eleito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior (PSDB), começou às 6h55min desta segunda-feira uma maratona por veículos de imprensa que seguiu até depois das 23h. No início da noite, o tucano participou de entrevista ao programa Politiquim do Jornal do Comércio.
Após uma noite de poucas horas de sono, o prefeito eleito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior (PSDB), começou às 6h55min desta segunda-feira uma maratona por veículos de imprensa que seguiu até depois das 23h. No início da noite, o tucano participou de entrevista ao programa Politiquim do Jornal do Comércio.
Nesta terça-feira, Marchezan deve se reunir com o atual chefe do Executivo, José Fortunati (PDT), que parabenizou o tucano por telefone e ficou de confirmar o momento do encontro. Segundo o vencedor da eleição, será "uma agenda informal de apresentação e início de conversa", prévia à transição de governo oficial.
O prefeito eleito já tem uma base de 11 partidos, mas não descarta o apoio de adversários na disputa eleitoral pela prefeitura da Capital. Apesar da tensão do segundo turno com o vice-prefeito Sebastião Melo (PMDB), o tucano diz que vai dialogar com todos os partidos e admite até a possibilidade de ter em seu governo algum quadro das 14 siglas que apoiaram o peemedebista.
"Vou administrar uma prefeitura que é herança do PDT e PMDB. Todos os partidos sabem que a dificuldade é gigantesca. Minha eleição é um pouco a sociedade querendo vida real, pragmatismo. Quer dizer, vamos falar com todos os partidos, vereadores. Espero muito apoio de todos na maioria das propostas", explica.
Partidos como o PMDB já discutem a posição que adotarão em relação ao governo Marchezan, se farão oposição ou apoiarão o governo. Ou seja, também entre os adversários na campanha está aberta a porta para uma futura composição.
O tucano garante que não haverá cotas de secretarias para as siglas aliadas. "A gente não vai partir de premissa partidária. O partido estaria em segunda instância. Não tem cota. O nosso critério é interesse público e buscar as melhores pessoas, com nomes inquestionáveis."
O prefeito eleito diz que ainda falta muita informação operacional para formatar seu governo, número de secretarias e nomes para a composição.
Marchezan não sabe, por exemplo, como está a situação financeira da prefeitura para o mês. "Não sei qual vai ser o déficit no fim do ano e o que deixará de ser pago para honrar os salários dos servidores", exemplifica. O tucano adianta que planeja ter responsabilidade nos gastos. "É administrar bem o dinheiro público, característica do PSDB."
Questionado se já tem uma ideia do tamanho da máquina pública na sua gestão e como isso será definido, diz que "não será obra de um homem só. Cada dia tem sua agonia, não chegou esta fase".
A declaração que deu ao Jornal do Comércio, no início do segundo turno, de que poderia privatizar a Carris, foi um dos temas que mais repercutiu nas entrevistas desta segunda-feira.
Marchezan também deixa aberta a porta de manter a empresa pública. "Vamos trazer bons gestores para a Carris, mostrar a situação e estabelecer meta com base na realidade atual. O prejuízo acumulado da Carris é de R$ 169 milhões. São R$ 50 milhões neste ano. Imagina colocar R$ 50 milhões na segurança, Porto Alegre seria a capital a mais segura do Brasil", projeta.
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