A Polícia Civil abriu um novo inquérito sobre a morte do coordenador do Plano de Governo do candidato à prefeitura de Porto Alegre Sebastião Melo (PMDB), Plínio
Zalewski (PMDB). A nova investigação busca averiguar se as contas nas redes sociais e o e-mail dele foram hackeados.
A delegada Greta Anzanello, da Delegacia de Repressão aos Crimes Informáticos, encaminhou ontem ao Judiciário o pedido para que o Google e o Facebook liberem o acesso às contas de Zalewski. "O requerimento já está na Justiça. Queremos saber se as contas dele tiveram algum acesso indevido", falou Greta.
De acordo com vários depoimentos de amigos de Zalewski, ele vinha se queixando de que seu celular e suas contas em redes sociais haviam sido hackeados. Além disso, ele estaria sendo ameaçado por telefone e sendo seguido na rua.
Em diversas ocasiões, Melo afirmou que o coordenador do plano de governo dizia estar sendo perseguido, tanto na internet quanto nas ruas, por integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL).
Amigo de Zalewski há mais de 20 anos, o advogado Ricardo Giuliani relatou que o peemedebista "estava sofrendo muita pressão".
Outro amigo, o jornalista Marcos Rolim publicou no Facebook, um texto em que conta que o coordenador de campanha de Melo "havia identificado um grupo como uma ameaça, o qual, segundo ele, tinha um perfil 'paramilitar'".
O corpo de Plínio Zalewski foi encontrado no dia 17 de outubro com a garganta cortada em um dos banheiros da sede municipal do PMDB porto-alegrense. Segundo peritos do Instituto-Geral de Perícias, o corpo estava no local há pelo menos 24 horas. As causas da morte continuam sendo investigadas pelo delegado Paulo Grillo.