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Política

- Publicada em 20 de Outubro de 2016 às 20:19

Prisão de Cunha não vai paralisar governo, diz Temer

Michel Temer desembarcou em Brasília na manhã desta quinta-feira

Michel Temer desembarcou em Brasília na manhã desta quinta-feira


Marcos Correa/PR/JC
O presidente Michel Temer (PMDB) chegou a Brasília nesta quinta-feira com a ordem para sua equipe de não deixar que a prisão do deputado cassado e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB) atrapalhe a rotina de trabalho dos ministérios e venha a passar a imagem de paralisia nas atividades do governo federal.
O presidente Michel Temer (PMDB) chegou a Brasília nesta quinta-feira com a ordem para sua equipe de não deixar que a prisão do deputado cassado e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB) atrapalhe a rotina de trabalho dos ministérios e venha a passar a imagem de paralisia nas atividades do governo federal.
Segundo assessores, Temer avalia que o governo precisa dar demonstrações de força nos próximos dias, o que inclui aprovar no início da próxima semana o teto dos gastos públicos em segundo turno na Câmara dos Deputados, para sinalizar que "nada muda" e a "vida segue normalmente".
Temer chegou no final da manhã desta quinta-feira ao Brasil após viagem à Índia e ao Japão. Ele foi recebido na Base Aérea de Brasília pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que estava no cargo interinamente. De lá seguiu direto para o Palácio do Jaburu. Temer foi informado em Tóquio da prisão de Cunha.
Antes mesmo de ser divulgada a prisão de Cunha, Temer havia decidido antecipar sua volta ao Brasil em quase 12 horas. Segundo interlocutores do presidente, ele foi avisado da operação da Polícia Federal ainda em Tóquio, antes de embarcar para Brasília.
O presidente já orientou sua equipe mais próxima a mobilizar a base aliada para garantir quórum elevado na Câmara na segunda-feira e, com isso, assegurar a aprovação da proposta de emenda constitucional que cria o teto com um placar elevado.
A meta do governo é tentar obter mais votos do que na votação em primeiro turno, quando a medida foi aprovada com o apoio de 366 deputados.
Assessores presidenciais reconhecem que a prisão do ex-presidente da Câmara dos Deputados gera "apreensão" no Palácio do Planalto, mas dizem que isto não pode alterar o "ânimo" do governo num momento fundamental de aprovação de medidas que vão permitir a retomada do crescimento da economia.
Antes mesmo de ser preso, Eduardo Cunha já vinha mandando recados para o Palácio do Planalto, levantando suspeitas sobre o secretário-executivo do Programa de Parcerias do Investimento, Moreira Franco (PMDB), um dos mais próximos assessores de Michel Temer. Há denúncias contra outros peemedebistas influentes em Brasília.
Um auxiliar do presidente disse à reportagem que o governo não pode ficar sofrendo por antecipação e que é preciso ter sangue frio neste momento. Segundo ele, ninguém sabe exatamente o que Cunha pode falar numa eventual delação premiada e, inclusive, se ela pode ser realmente negociada pelo Ministério Público Federal.
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