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Eleições 2016

- Publicada em 20 de Outubro de 2016 às 00:31

Candidatos à prefeitura em Porto Alegre baixam tom das críticas em debate

Melo (e) e Marchezan (d) discordaram sobre indicações políticas

Melo (e) e Marchezan (d) discordaram sobre indicações políticas


Marcelo g. ribeiro/JC
O Tá na Mesa, organizado pela Federasul, ontem, ao meio-dia, foi a primeira vez que os dois candidatos à prefeitura de Porto Alegre - o deputado federal Nelson Marchezan Júnior (PSDB) e o vice-prefeito Sebastião Melo (PMDB) - se encontraram publicamente, depois do incêndio criminoso no Departamento de Esgotos Pluviais (DEP), dos tiros contra o comitê de campanha de Marchezan e da morte do coordenador do plano de governo de Melo, Plínio Zalewski (PMDB).
O Tá na Mesa, organizado pela Federasul, ontem, ao meio-dia, foi a primeira vez que os dois candidatos à prefeitura de Porto Alegre - o deputado federal Nelson Marchezan Júnior (PSDB) e o vice-prefeito Sebastião Melo (PMDB) - se encontraram publicamente, depois do incêndio criminoso no Departamento de Esgotos Pluviais (DEP), dos tiros contra o comitê de campanha de Marchezan e da morte do coordenador do plano de governo de Melo, Plínio Zalewski (PMDB).
Os dois candidatos foram mais sutis nas críticas um ao outro: em vez de atacar o oponente diretamente, preferiram apontar diferenças entre as duas candidaturas - o que ficou claro, por exemplo, quando deram respostas bastante diferentes à pergunta sobre como vão escolher o secretariado. Tanto um quanto o outro lamentaram a morte de Zalewski durante o tempo de apresentação (10min) e das considerações finais.
Melo foi o primeiro a responder a uma das duas perguntas formuladas pela Federasul e entidades filiadas - o que esperar dos nomes indicados para as secretarias e empresas públicas? - diante de uma plateia de empresários, autoridades do Judiciário e políticos, que almoçavam durante o debate.
"Está na hora de falarmos francamente: ninguém vai governar sem partidos políticos", alfinetou o peemedebista, fazendo menção ao adversário. Melo conta com 14 partidos coligados, e Marchezan, com uma coligação de quatro siglas, além de outras oito que passaram a apoiá-lo no segundo turno.
O peemedebista continuou: "Há quadros competentes dentro dos partidos. O que tenho falado com os aliados é que, primeiro, o compromisso é com as propostas que construímos. Segundo, os partidos têm que indicar quadros técnicos, senão me deixa livre para escolher um nome de perfil técnico".
Marchezan reiterou o que tem defendido na campanha - "não vou governar para partidos ou sindicatos, mas sim para os cidadãos" -, acrescentando que o seu primeiro escalão será formado pelas "pessoas mais bem intencionadas, com ficha limpa" e "com vontade de revolucionar a gestão pública".
O tucano reafirmou o discurso ainda uma vez, ao responder a segunda pergunta das entidades associadas à Federasul, a Associação Comercial de Porto Alegre (ACPA): se os candidatos aceitariam que a instituição indicasse o secretário municipal da Indústria e Comércio. 
"No meu governo, qualquer cidadão vai poder sugerir nomes para as secretarias. Mas os secretários não vão ser nomeados por serem indicados por essa ou aquela instituição", se comprometeu Marchezan.
Melo, por sua vez, desviou da pergunta tratando de temas como educação, saúde e segurança pública. Sobre a administração pública, disse apenas que pretende cortar 30% da máquina. 
O peemedebista fez menção à morte do coordenador do plano de governo no início do debate: "Está sendo difícil para mim, muito doloroso". Marchezan, no final: "Não vou fazer desta eleição a minha vida. A campanha tem que terminar em um nível mais elevado do que o jeito que começou no segundo turno, porque, senão, pode significar sim a vida de alguém".
O adversário do tucano encerrou dizendo que as duas candidaturas eram diferentes e que comparar biografias e propostas não significava baixar o nível do debate. "Fui muito criticado ao longo da campanha e critiquei também, mas nunca menti", alfinetou Melo.

Federasul e ACPA questionam sobre o centro de eventos

O tema das parcerias com a iniciativa privada voltou a aparecer no debate entre candidatos à prefeitura de Porto Alegre promovido ontem pela Federação das Associações Comerciais do Rio Grande do Sul (Federasul) e a Associação Comercial de Porto Alegre (ACPA).
Sebastião Melo (PMDB) foi sorteado para responder sobre a possibilidade da construção de um novo centro de eventos para a Capital, tema que já havia abordado. Melo defende a Parceria Público-Privada (PPP). "A prefeitura tem que cuidar do regime urbanístico, mas tem outras prioridades do ponto de vista do dinheiro público", avaliou.
Durante as respostas, Nelson Marchezan Júnior (PSDB) falou sobre as questões financeiras da prefeitura, que afetam, por exemplo, a conclusão de obras. Sobre o tema, nas considerações finais, o tucano respondeu indiretamente a uma colocação de Melo de que o importante "é começar". "Obra sem fim é prejuízo para o erário público e para quem precisa dela", disse Marchezan, que defende maior fiscalização e multa em caso de atraso.