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Política

- Publicada em 18 de Outubro de 2016 às 21:39

Melo quer PF investigando morte de Zalewski

Em vídeo, Sebastião Melo lamentou a perda de seu correligionário

Em vídeo, Sebastião Melo lamentou a perda de seu correligionário


Facebook/Reprodução/Jc
Bruna Suptitz
O candidato à prefeitura de Porto Alegre Sebastião Melo (PMDB) quer que a Polícia Federal (PF) investigue a morte do coordenador da sua campanha, Plínio Zalewski, cujo corpo foi encontrado na segunda-feira na sede do PMDB, na Capital. O corpo foi velado e enterrado no Cemitério Ecumênico João XXIII ontem.
O candidato à prefeitura de Porto Alegre Sebastião Melo (PMDB) quer que a Polícia Federal (PF) investigue a morte do coordenador da sua campanha, Plínio Zalewski, cujo corpo foi encontrado na segunda-feira na sede do PMDB, na Capital. O corpo foi velado e enterrado no Cemitério Ecumênico João XXIII ontem.
Melo falou com a imprensa quando chegou ao velório, ainda pela manhã, e defendeu a participação da PF porque "o crime ocorreu dentro de um comitê eleitoral e, da mesma forma que a Polícia Federal está investigando os tiros em outro comitê na Capital (da campanha do PSDB), ela também terá que investigar este caso".
Ainda abalado com a morte, Melo disse que havia percebido que o correligionário estava abatido nos últimos dias e relatou que a esposa de Zalewski havia entrado em contato e dito: "o Plínio não está mais o mesmo".
"A polícia tem que fazer a investigação. O momento é de dor. Não vou falar nada neste momento, não é meu papel", declarou.
De acordo com o chefe da Polícia Civil no Estado, Emerson Wendt, após a análise da ocorrência, caso se constate relação com alguma questão eleitoral, a Justiça Eleitoral será comunicada e avaliará se requisita ou não investigação por parte da Polícia Federal.
A comoção em torno do caso repercutiu entre políticos de diferentes partidos que compareceram ao velório. O presidente estadual do PMDB, Ibsen Pinheiro, disse que "a avaliação da perda vai além do papel dele na campanha". Zalewski havia participado de uma reunião na casa de Ibsen na semana passada.
Beto Albuquerque, presidente estadual do PSB, partido que compõe a coligação de Melo, também esteve nesta reunião e conta que Zalewski reclamou de estar sofrendo ameaças nas redes sociais e perseguição na rua. Beto também defende que a PF trabalhe na investigação do caso, por se tratar de uma eleição municipal. "Mesmo se tratando de suicídio, as circunstâncias devem ser averiguadas. Ninguém corta o próprio pescoço sem motivo", afirmou.
Vereador eleito pelo Pros, que também está na coligação de Melo, Wambert Di Lorenzo conta que falou com Zalewski por telefone na quinta-feira passada, que reclamou dos processos movidos contra ele pela campanha de Nelson Marchezan Júnior (PSDB).
O ex-senador peemedebista Pedro Simon não quis avaliar a situação, mas declarou que vê com "estranheza" que uma carta tenha sido encontrada junto ao corpo. Consternado, o presidente municipal do PMDB, Antenor Ferrari, também não quis entrar em detalhes sobre o caso e avalia que será difícil seguir na campanha. "É um trauma muito grande", disse.
O prefeito José Fortunati (PDT) também compareceu ao velório e, bastante comovido, lembrou do tempo em que ele e Zalewski militaram juntos no Partido dos Trabalhadores, na década de 1980. "Quando saímos do PT e cada um seguiu seu rumo, continuamos em contato", contou. Fortunati disse que, nos últimos dias, Zalewski reclamava de estar sofrendo pressão e que a família estaria sendo prejudicada, "mas não entrava em detalhes".
Cézar Busatto (PMDB), secretário municipal de Governança Local, trabalhou com Zalewski em diferentes projetos e acredita que o atual cenário político de Porto Alegre possa ter abalado o colega. "Talvez tenha sido um erro de todos nós não perceber a gravidade da situação dele", lamenta.
A Assembleia Legislativa acolheu o pedido feito pelo líder do governo, deputado Gabriel Souza (PMDB), e suspendeu a sessão plenária de ontem devido ao "trágico falecimento de um dos seus quadros (PMDB)". Em nota assinada pela presidente do Legislativo gaúcho Silvana Covati (PP), pede serenidade agora que as eleições municipais se aproximam do fim. "Lembremos que foram necessários muitos anos até que se consolidasse a democracia brasileira", declara.
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