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Operação Lava Jato

- Publicada em 16 de Outubro de 2016 às 16:52

Investigações no Supremo já atingem 18 ministros da era petista

Investigações que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF) indicam que ministros dos governos petistas de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) e Dilma Rousseff (2011-2016) são suspeitos de envolvimento em esquemas que movimentaram pelo menos R$ 1,25 bilhão de forma ilegal, por meio de irregularidades no uso do dinheiro público e propinas pagas por empresas privadas durante o exercício do cargo.
Investigações que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF) indicam que ministros dos governos petistas de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) e Dilma Rousseff (2011-2016) são suspeitos de envolvimento em esquemas que movimentaram pelo menos R$ 1,25 bilhão de forma ilegal, por meio de irregularidades no uso do dinheiro público e propinas pagas por empresas privadas durante o exercício do cargo.
O dado faz parte de um levantamento com base em dados do Supremo que mostra que 18 ministros estão sob investigação de desvio de recursos nas gestões petistas - quatro no período de Lula, 10 no de Dilma e outros quatro comuns aos dois governos. Foram considerados os já condenados (um), réus (dois) e investigados (15) - neste último caso, o número engloba os processos na Corte e os remetidos a outras instâncias pelo STF. Foram pesquisados os nomes de 167 ex-ministros nas duas gestões.
Outros ex-titulares são citados em delações, mas ainda não são investigados ou viraram réus. Além dos ministros, os ex-presidentes Lula e Dilma também aparecem em investigações. O próprio Lula é réu em três ações penais abertas nos últimos dois meses e acusado de organização criminosa, corrupção, lavagem de dinheiro e obstrução da Justiça. Dois casos correm na Justiça Federal em Brasília e outro em Curitiba. Dilma também é alvo de inquérito no STF por tentar atrapalhar o andamento da Lava Jato. Segundo os investigadores, ela nomeou Lula para a Casa Civil unicamente para dar-lhe o direito ao foro privilegiado.
Não foram incluídos nesse levantamento os ex-ministros suspeitos de cometer irregularidades fora do cargo ou ao exercer outras funções - caso de outros gestores da era petista que enfrentam processos no STF. A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), ex-ministra da Casa Civil de Dilma, é ré em ação que investiga o recebimento de recursos da Petrobras, no valor de R$ 1 milhão, para financiar sua última campanha ao Senado. O ex-deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP), que passou pelos ministérios da Previdência e do Trabalho no governo Lula, é suspeito de, posteriormente, na condição de presidente do PT, pedir 1% de propina sobre os contratos da Andrade Gutierrez com o governo federal. Berzoini foi incluído no inquérito do "quadrilhão", o principal da Lava Jato.
No atual governo, Michel Temer nomeou seis ministros que eram investigados no Supremo - suspeitos de envolvimento em crimes eleitorais, falsidade ideológica, quadrilha e com o esquema de corrupção na Petrobras. Até o momento, três já deixaram o cargo.

Lula e Delcídio serão interrogados no início de 2017

A Justiça Federal marcou para fevereiro do ano que vem o interrogatório do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do ex-senador Delcídio do Amaral (ex-PT) e de mais cinco acusados pelo crime de obstrução das investigações da Operação Lava Jato.
No despacho proferido na quinta-feira passada, o juiz substituto Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal em Brasília, determinou a intimação dos réus para comparecer ao interrogatório. As testemunhas arroladas na ação penal serão ouvidas a partir do mês que vem.