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Política

- Publicada em 05 de Outubro de 2016 às 18:13

PF abre inquérito sobre compra de termelétricas no governo FHC

A Operação Lava Jato investiga um suposto esquema de corrupção na compra de termelétricas pela Petrobras, no período de 1999 a 2001, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). A Polícia Federal (PF) abriu inquérito para apurar a aquisição envolvendo as empresas Alsotm/GE e NRG.
A Operação Lava Jato investiga um suposto esquema de corrupção na compra de termelétricas pela Petrobras, no período de 1999 a 2001, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). A Polícia Federal (PF) abriu inquérito para apurar a aquisição envolvendo as empresas Alsotm/GE e NRG.
A investigação parte da delação do ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, que, na década de 1990, era gerente de energia do Departamento Industrial da estatal petrolífera.
O delator narrou que, em 1997, "se vislumbrou a possibilidade de uma crise energética no Brasil" e que a Petrobras começou a negociar o desenvolvimento de térmicas. Ele apontou o ex-senador e ex-líder do governo Dilma no Senado Delcídio Amaral (ex-PT-MS), que, na época, exercia a função de diretor da Petrobras.
"Em 1999, Delcídio assumiu uma das diretorias da Petrobras, denominada provisoriamente de Diretoria de Participações; que Delcídio Amaral chamou o declarante para trabalhar com ele na Diretoria de Gás e Energia da Petrobras; que, em fevereiro de 2000, o presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, criou um Programa Prioritário de Termelétricas (PPT), para geração de energia por meio de termelétricas para enfrentar a crise conhecida como 'apagão'", diz o relato de Cerveró.
O ex-diretor afirmou que a primeira empresa a fornecer turbinas para a Petrobras para construção e exploração de termelétricas foi a ABB, em 1999, posteriormente adquirida pela Alstom, depois comprada pela GE.
"Nessa primeira aquisição de turbinas já houve o pagamento de propina", que "foi negociada com o representante da ABB no Rio de Janeiro", afirmou Cerveró.
"Se acertou o pagamento de uma propina de US$ 600 mil a US$ 700 mil para o próprio declarante e um valor um pouco menor, do qual o declarante não tem conhecimento, aos funcionários que trabalhavam com o declarante na Petrobras", diz o relato. Cerveró também afirmou que, "nessa época, abriu uma conta na Suíça para receber propina".
Por meio de nota, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso informou que "não tem informações sobre este inquérito, mas sempre é favorável a que denúncias sejam apuradas".
Também por meio de assessoria, a GE informou que "não foi notificada sobre esse inquérito. A empresa não vai comentar, já que não comenta nenhum tipo de especulação".
 
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