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Política

- Publicada em 02 de Outubro de 2016 às 23:36

Freixo vai ao 2º turno com Crivella no Rio de Janeiro

Marcelo Freixo teve apoio de artistas e intelectuais; Marcelo Crivella tenta se distanciar da Igreja Universal

Marcelo Freixo teve apoio de artistas e intelectuais; Marcelo Crivella tenta se distanciar da Igreja Universal


Fotos Vanderlei Almeida/AFP/JC E Yasuyoshi Chiba/AFP/JC
O candidato do PSOL, deputado estadual Marcelo Freixo, disputará com o senador Marcelo Crivella (PRB) a prefeitura da segunda maior cidade do País, com 6,5 milhões de habitantes e 4,9 milhões de eleitores. Com este cenário, está encerrado o ciclo de 10 anos de domínio do PMDB no estado do Rio e na capital. A derrota do candidato do PMDB, Pedro Paulo, atinge principalmente o prefeito Eduardo Paes, padrinho político e fiador da candidatura do peemedebista.
O candidato do PSOL, deputado estadual Marcelo Freixo, disputará com o senador Marcelo Crivella (PRB) a prefeitura da segunda maior cidade do País, com 6,5 milhões de habitantes e 4,9 milhões de eleitores. Com este cenário, está encerrado o ciclo de 10 anos de domínio do PMDB no estado do Rio e na capital. A derrota do candidato do PMDB, Pedro Paulo, atinge principalmente o prefeito Eduardo Paes, padrinho político e fiador da candidatura do peemedebista.
Crivella teve 27,78% dos votos. Freixo, 18,26%. Pedro Paulo ficou com 16,12%. Candidato do PSC, Flávio Bolsonaro teve 14%. Indio da Costa (PSD) chegou a 8,99%. Carlos Osório, do PSDB, foi escolhido por 8,62% dos eleitores. Jandira Feghali, do PCdoB, teve 3,34%. Alessandro Molon, da Rede, teve 1,43%. Houve 5,5% de votos brancos e 12,76% de votos nulos. O índice de abstenção (eleitores que não votaram) foi de 24,28%.
Paes encerra no dia 1 de janeiro o segundo mandato e é o nome do partido para disputar o governo fluminense em 2018. Em outubro do ano passado, o prefeito insistiu na candidatura do afilhado mesmo depois que veio a público denúncia de agressão feita contra Pedro Paulo por sua ex-mulher, Alexandra Marcondes, em 2010. Processo por lesão corporal aberto no Supremo Tribunal Federal foi arquivado, mas a marca de "agressor de mulher" foi colada ao candidato.
"Derrotamos o PMDB em homenagem à democracia brasileira, é a resposta a um partido golpista", comemorou Freixo em ato público na Lapa, em referência ao apoio do partido ao impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff (PT). O candidato foi saudado com gritos de "Fora, Temer".
Crivella disse que já começou a procurar os adversários, mas descartou buscar apoio do PMDB. Aos 58 anos, no segundo mandato no Senado, Crivella apresentou-se como político distante dos escândalos investigados pela Lava Jato na Petrobras e estatais, e distanciou-se da Igreja Universal, da qual é bispo licenciado. O candidato aproximou-se de líderes de diversas religiões, em especial católicos. Disputa a prefeitura em coligação com o PR de Garotinho. O vínculo com a Universal - fundada pelo bispo Edir Macedo, seu tio - e Garotinho foram os dois pontos mais explorados pelos adversários.
O senador disputa pela terceira vez a prefeitura do Rio. Freixo disputou a prefeitura em 2012, quando foi o segundo colocado, com 28,1%. Agora, com apenas 11 segundos no horário eleitoral da televisão, Freixo, de 49 anos, compensou a falta de tempo de propaganda e de recursos com intensa participação de artistas e intelectuais na campanha, além da militância de rua. O deputado apresentou-se como político independente, sem vínculo com empresários de construção e transportes e disposto a rever contratos e concessões.
Freixo declarou à Justiça Eleitoral a arrecadação de R$ 752,4 mil até agora. Crivella teve R$ 4,1 milhões em colaborações no primeiro turno e um minuto e 11 segundos na propaganda de TV.
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