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O candidato tucano à prefeitura de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior, foi quem obteve mais votos do eleitorado no primeiro turno das eleições na Capital. Durante a apuração dos votos, que já apontavam a candidatura na liderança desde o início da contagem, Marchezan reuniu-se com seus correligionários no comitê central de sua campanha, no bairro Azenha. O tucano teve a preferência de 213.646 do eleitorado, o que representa 29,84% dos votos válidos. Ele estará no segundo turno com o atual vice-prefeito, Sebastião Melo (PMDB), que conseguiu 25,93% dos votos.
Segundo Marchezan, o clima para o segundo turno seguirá o mesmo. O tucano avaliou seu primeiro turno como "correto, simples e transparente". "A nossa campanha foi exatamente o que queremos representar e o que queremos para o Paço Municipal", avaliou Marchezan emocionado. "Estou chorando, mas na prefeitura terei muita energia para tomar atitudes", brincou.
Na primeira etapa do pleito, o tucano contou com o apoio do PP, PTC e PMB, o que o deixou com cerca de dois minutos de tempo de televisão - cerca de 20% do total do horário eleitoral.
De acordo com seus assessores, a política de alianças seguirá a mesma para o segundo turno, determinando aos prováveis aliados que quiserem se juntar à chapa, que estejam em consonância com o programa proposto. A condição é de que cargos e secretarias não serão negociadas em troca do apoio ao candidato tucano..
A expressividade de votação de Marchezan não era esperada, já que as pesquisas apontavam empate técnico com o candidato do PT, Raul Pont. Apesar disso, o PSDB tinha convicção de sua ida para o segundo turno. Pesquisas internas o colocavam com cinco pontos percentuais à frente de Raul Pont (PT), que de fato ficou com a terceira posição, com 16,36% dos votos válidos.
Pela manhã, durante o seu voto, Marchezan brincou que já se sentia prefeito, com tantos repórteres à sua volta. O clima descontraído, mas respeitoso, de sua campanha foi fundamental para a sua posição, avaliou o candidato. Ele agradeceu em especial a sua equipe de redes sociais. "Eles ajudaram a difundir verdades e combater mentiras que apareceram na reta final", afirmou Marchezan, referindo-se à denúncia de utilização de equipamentos da Procempa em campanha, que foi arquivada pelo Ministério Público.
Durante a coletiva, Marchezan esteve acompanhado de seu vice, Gustavo Paim (PP), e de seu coordenador de campanha, Kevin Krieger (PP).
Ao ser questionado sobre a ausência de algumas representações políticas do PSDB e da coligação, Marchezan não perdeu a graça. "Estamos em eleições em 244 municípios", lembrou.
Segundo o candidato, algumas representações importantes que apoiam sua candidatura, como a senadora Ana Amélia Lemos (PP), sequer votam na Capital. A pergunta se deu graças à formação do grupo PSDB Democrático, dissidência do PSDB, que chegou a realizar ato na Esquina Democrática, no Centro da Capital, em apoio à candidatura do vice-prefeito e opositor no segundo turno.
Marchezan foi o candidato que registrou maior verba de campanha na disputa majoritária ao arrecadar R$ 1,78 milhão. Ele é filho do ex-deputado federal Nelson Marchezan (ex-Arena, PDS e PSDB), falecido em 2002. Marchezan Júnior está na segunda legislatura como deputado federal pelo PSDB.
Adversários do segundo turno já trocaram acusações
Os candidatos à prefeitura de Porto Alegre que estão no segundo turno, Nelson Marchezan Júnior (PSDB) e Sebastião Melo (PMDB), trocaram acusações durante os debates eleitorais e também ajuizaram representações junto ao Tribunal Regional Eleitoral. O tucano garantiu que manterá o nível durante o segundo turno. "Iremos responder aos ataques da mesma forma. Não entraremos em outro nível que não seja o desejado pela população de Porto Alegre", afirmou. Melo pede a análise das declarações de Marchezan durante o debate na Rádio Guaíba, quando este sugeriu que o peemedebista estaria comprando aliados. Enquanto isso, as acusações de Marchezan contra Melo dizem respeito à utilização da máquina pública na campanha.