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Opinião

- Publicada em 28 de Outubro de 2016 às 17:15

Quem tem medo do lobo mau?

O discurso de grande parcela da população brasileira não é coerente com seus próprios anseios quando falamos de trânsito. Queremos a civilidade escandinava, mas as punições devem seguir o velho jeitinho brasileiro. São tantas, mas tantas objeções feitas, que fica difícil enumerá-las: o agente não é competente; não preciso fazer prova contra mim mesmo; não tinha placa me avisando que não posso andar a 120 km/h na cidade; e mais um infinito rol de desculpas, quer dizer, direitos, que são vigentes somente em nosso País. A mesma câmera e controlador eletrônico (sempre instalados com critérios técnicos) são vistos como inimigos quando multam o "cidadão de bem", aquele mesmo, o que sonha com a Suécia, mas trafega no corredor de ônibus e ajuda a propagar o jargão clássico do sueco, quer dizer, do brasileiro, a indústria da multa.
O discurso de grande parcela da população brasileira não é coerente com seus próprios anseios quando falamos de trânsito. Queremos a civilidade escandinava, mas as punições devem seguir o velho jeitinho brasileiro. São tantas, mas tantas objeções feitas, que fica difícil enumerá-las: o agente não é competente; não preciso fazer prova contra mim mesmo; não tinha placa me avisando que não posso andar a 120 km/h na cidade; e mais um infinito rol de desculpas, quer dizer, direitos, que são vigentes somente em nosso País. A mesma câmera e controlador eletrônico (sempre instalados com critérios técnicos) são vistos como inimigos quando multam o "cidadão de bem", aquele mesmo, o que sonha com a Suécia, mas trafega no corredor de ônibus e ajuda a propagar o jargão clássico do sueco, quer dizer, do brasileiro, a indústria da multa.
A tal indústria é o que devemos nos preocupar, o verdadeiro inimigo do povo? Quando multas aplicadas com toda a tecnologia existente hoje em dia e que não deixam qualquer dúvida do seu cometimento passam a ser questionadas de forma tão radical por parcela significativa da população, mostramos o que verdadeiramente pensamos sobre trânsito no Brasil. Enquanto nossos problemas e preocupações forem o "pardal", os radares e as Jari e não os que falam ao celular, bebem e ultrapassam em local proibido na condução de um veículo automotor, não combateremos devidamente o real problema. Para matarmos um mosquito unimos um País de forma emocionante, para retirar a CNH de quem bebe e dirige precisamos ir ao STF e contarmos com muita sorte.
Nosso problema não é de legislação nem da forma como os controladores eletrônicos são instalados, nem dos julgamentos dos 99,9% dos recursos protelatórios das multas, mas sim de uma mentalidade e consciência do que queremos combater. O direito de não cruzar o meu veículo onde transporto a minha família com o de um condutor alcoolizado é visto hoje como inferior ao direito de ter um julgamento "judicializado" de uma multa de trânsito. Questão de prioridade de uma nação. Eu, particularmente, temo o bêbado ao volante. O resto é historinha de lobo mau.
Conselheiro do Cetran
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