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Opinião

- Publicada em 24 de Outubro de 2016 às 16:49

Choking Game: o jogo da asfixia

O recente falecimento do adolescente Gustavo Detter, em função do jogo da asfixia, chocou e impôs alguns questionamentos ao país inteiro. Isso porque tal tragédia evidenciou o quanto os nossos jovens estão expostos ao lado obscuro da rede mundial de computadores. O Choking Game não tem feito vítimas apenas no Brasil, mas também pelo mundo inteiro. Nos Estados Unidos, por exemplo, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças, o jogo da asfixia já causou cerca de 80 mortes.
O recente falecimento do adolescente Gustavo Detter, em função do jogo da asfixia, chocou e impôs alguns questionamentos ao país inteiro. Isso porque tal tragédia evidenciou o quanto os nossos jovens estão expostos ao lado obscuro da rede mundial de computadores. O Choking Game não tem feito vítimas apenas no Brasil, mas também pelo mundo inteiro. Nos Estados Unidos, por exemplo, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças, o jogo da asfixia já causou cerca de 80 mortes.
No jogo da asfixia, os participantes são desafiados a recorrerem a objetos que cortem o fornecimento de oxigênio para o cérebro até que ocorra o desmaio. Posteriormente a isso, os jogadores acordam eufóricos. Infelizmente, assim como ocorreu com o adolescente Gustavo Detter, muitos jovens não retornam após o desmaio. Segundo Claudio Tinoco, cardiologista do Hospital Pró-Cardio, a falta de oxigenação no organismo pode causar parada cardíaca ou lesão no cérebro com sequelas permanentes. Em casos mais críticos, ocorre a morte cerebral. As características próprias do período da adolescência tornam os jovens mais suscetíveis a desafios de risco. Além disso, o modismo e a supervalorização das opiniões dos amigos acabam, constantemente, fazendo com que o jovem sinta a necessidade de tentar provar aos colegas o quanto pode ser infalível. Diante disso, cresce o compromisso não somente dos pais, mas também o compromisso da comunidade inteira com os jovens. Segundo Gabriela Malzyner, psicanalista e professora do Centro de Estudos Psicanalíticos, os pais são os responsáveis pelos filhos, mas todos precisam estar atentos aos sinais emitidos pelos jovens.
Portanto, para poder agir contra a disseminação dos jogos de risco, como o jogo da asfixia, por exemplo, faz-se necessário que pais e filhos consigam desenvolver, na relação familiar, um vínculo de confiança mútua. Além disso, é preciso também que a comunidade não assuma uma postura omissa diante dos perigos de determinados jogos on-line.
Estudante de Medicina da UFSM
 
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