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Opinião

- Publicada em 18 de Outubro de 2016 às 16:39

Mercado espera que Copom baixe os juros hoje

Toda a expectativa do mercado financeiro, incluindo a Pesquisa Focus do Banco Central (BC), fala em redução da taxa de juros ao final da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), iniciada ontem e que será encerrada hoje. Depois que a primeira votação sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 241 aprovou a medida, mesmo que ainda faltem três votações, mais uma na Câmara Federal e duas no Senado, os analistas julgam que será aprovada sem sobressaltos.
Toda a expectativa do mercado financeiro, incluindo a Pesquisa Focus do Banco Central (BC), fala em redução da taxa de juros ao final da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), iniciada ontem e que será encerrada hoje. Depois que a primeira votação sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 241 aprovou a medida, mesmo que ainda faltem três votações, mais uma na Câmara Federal e duas no Senado, os analistas julgam que será aprovada sem sobressaltos.
Com o teto nos gastos públicos sendo norma para os próximos anos, pelo menos uma década, agora chegou a vez de baixar os juros, que consomem bilhões do orçamento público, muito mais do que é aplicado justamente na educação e na saúde, e são motivo de muitas reclamações, além do custo do dinheiro ficar alto.
Tudo indica que, ao final da reunião, nesta quarta-feira, o Sistema Especial de Liquidação e Custódia - a popular Selic - será cortado em 0,25 ponto percentual caindo dos atuais 14,25% para 14% ao ano.
Mas a aposta do mercado é que na próxima e última reunião de 2016, nos dias 29 e 30 de novembro, conforme previsões das instituições financeiras, haverá um novo corte da Selic de mais meio ponto percentual.
Assim, segundo a projeção divulgada no boletim Focus, o relatório semanal do BC, a Selic deve terminar 2016 em 13,5%. A estimativa anterior era 13,75%. Para 2017, a expectativa é de que o Copom dê continuidade ao ciclo de redução da Selic, que deverá encerrar o período em 11% ao ano.
A Selic é o principal instrumento usado pelo Banco Central para controlar a inflação. Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, mas a medida alivia o controle sobre a inflação. Quando mantém a taxa, o Copom considera que ajustes anteriores foram suficientes para alcançar o objetivo de controlar a inflação.
De acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF), o governo estima a Dívida Pública Federal, em 2016, entre R$ 3,1 trilhões e R$ 3,3 trilhões. Ora, é fácil então deduzir que, a cada ponto percentual para mais, os juros pagos são altíssimos, na casa dos bilhões de reais por ano.
Da mesma forma, a economia quando caem os juros. Entidades empresariais e sindicalistas das centrais de trabalhadores estão unidos no pleito de que os juros no Brasil têm que cair, facilitando a vida do Tesouro Nacional e sem que a inflação volte. Realmente, na comparação com o teto dos gastos, uma medida mais do que louvável, pois não há outra solução, pode-se calcular o que se paga pela rolagem da dívida pública e os orçamentos justamente da educação e da saúde.
Mas, convenhamos, gastar em torno de R$ 200 bilhões por ano pelo dinheiro tomado junto aos bancos, enquanto, em muitos países da Europa, no Japão e nos Estados Unidos, os juros são bem menores ou até negativos, ou seja, abaixo da inflação, é quase inexplicável.
A inflação está em queda, e o momento é agora para que os juros emoldurem o teto das despesas, mesmo que ainda faltem três votações à PEC 241.
Uma boa gestão a partir do freio legal para os gastos públicos é o que mais se quer neste momento da vida nacional. Além da retomada do crescimento.
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