A mobilização contra a obesidade

A segunda capital do País que mais sofre com o sobrepeso. Essa é mais uma das marcas preocupantes que Porto Alegre alcançou nos últimos anos. O problema atinge 55% dos adultos da cidade, que perde apenas para Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. De acordo com a Pesquisa Nacional da Saúde (PNS) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 63% da população do Rio Grande do Sul está com sobrepeso, enquanto que 23,6% é obesa. Ou seja, mais da metade da população do Estado sofre com a balança.

Citam-se o sedentarismo, proporcionado na maioria dos casos pelo clima, como o inverno, e o consumo de alimentos calóricos, como a carne dos tradicionais churrascos. Os fatores emocionais merecem atenção redobrada, como a compulsão alimentar. A cada quatro pessoas diagnosticadas com o problema, três são obesas. Muitas delas sofrem com algum tipo de transtorno psíquico, como a depressão e a ansiedade, que geram a perda de controle na hora da alimentação. Parecido como uso de drogas ou do tabaco. Todos sabem que são prejudiciais, mesmo assim, muitos usam. Há um elemento fisiológico envolvido e que necessita ser tratado. A doença já é considerada um problema de saúde pública aqui no Brasil, principalmente por causa das doenças crônicas geradas pelo excesso de peso, como diabetes, pressão alta e o câncer. Hoje, a maior parte dos óbitos no País é causada por doenças relacionadas ao padrão de alimentação e a baixa carga de atividades físicas. É problema multifatorial, que pode agir isoladamente ou em conjunto. Dessa forma, os hábitos precisam ser ajustados, buscando o equilíbrio mental para que torne possível a mudança da relação entre o indivíduo e a comida. A conscientização sobre a dimensão dos problemas causados pelo sobrepeso é fundamental. O Dia Nacional de Prevenção da Obesidade, neste dia 11, é uma oportunidade para intensificarmos este alerta.