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Opinião

- Publicada em 04 de Outubro de 2016 às 16:37

'Não me entrego'

O coronel Jacinto Guedes da Luz, considerado um dos heróis da Revolução Farroupilha, é meu tataravô pela descendência da família Guedes. Na semana da Revolução Farroupilha, fiz reflexão sobre a história, o passado que justifica ideais e nosso Rio Grande do Sul atual.
O coronel Jacinto Guedes da Luz, considerado um dos heróis da Revolução Farroupilha, é meu tataravô pela descendência da família Guedes. Na semana da Revolução Farroupilha, fiz reflexão sobre a história, o passado que justifica ideais e nosso Rio Grande do Sul atual.
A Guerra dos Farrapos (1835-1845), que começou a partir da proposição de melhores condições econômicas, passou a ter caráter separatista. O que se transformou em mito fundador da cultura gaúcha, ao estabelecer traços de uma identidade a partir das tradições cunhadas a liberdade e igualdade. Ainda que em outra época, regidas pela classe dominante.
Há registros da reputação de valente e audaz líder de combate de cavalaria atribuída ao coronel Jacinto Guedes da Luz. Ser descendente desse republicano e carregar um pouco dessa história no sangue acaba por sublinhar o quanto um passado nas veias pode dar sentido e iluminar o futuro. Contam que a tropa liderada por Guedes da Luz trazia na divisa inscrita nos chapéus: "Sou do Guedes! Morro seco e não me entrego!".
Hoje, meu caro Guedes da Luz, o Estado sofre não somente a causa de problemas econômicos, mas dos inúmeros desmandos e negligências. É vítima de um desgoverno que tem nos colocado num estado de quase falência em vários aspectos regidos por uma falsa batuta a orquestrar o absurdo e ainda rir dele. A ressaltar a questão da violência que tem vitimado fatalmente a muitos gaúchos. Tenho certeza de que não foi por esse Rio Grande do Sul que você e os seus lutaram. E agora, séculos depois, a nossa batalha pela sobrevivência é diária; sem lutas, sem cavalos ou armas, apenas reza.
Meu caro tataravô, que a chama gaúcha nunca se apague, que saibamos exigir com bravura o melhor aos nossos Pampas, terra tão amada! E que seus versos não sejam esquecidos: "Eu sou aquele que disse. E depois de dizer, não nego. Sou ferrenho farroupilha. Morro seco e não me entrego".
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