Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Opinião

- Publicada em 02 de Outubro de 2016 às 18:04

Em Porto Alegre, um segundo turno mais motivado

No segundo turno, Porto Alegre terá Nelson Marchezan Júnior (PSDB) e Sebastião Melo (PMDB). Mas o que ficou claro no primeiro turno das eleições na Capital foi a quase indiferença de milhares de eleitores entre os 1,098 milhão dos habilitados a votar para prefeito e vereador. A maioria dos observadores da cena eleitoral aponta como causa do desânimo o descrédito lançado sobre toda classe política - um exagero, pois temos muitos nomes que honram a preferência popular - por conta dos escândalos na administração pública, especialmente na área federal.
No segundo turno, Porto Alegre terá Nelson Marchezan Júnior (PSDB) e Sebastião Melo (PMDB). Mas o que ficou claro no primeiro turno das eleições na Capital foi a quase indiferença de milhares de eleitores entre os 1,098 milhão dos habilitados a votar para prefeito e vereador. A maioria dos observadores da cena eleitoral aponta como causa do desânimo o descrédito lançado sobre toda classe política - um exagero, pois temos muitos nomes que honram a preferência popular - por conta dos escândalos na administração pública, especialmente na área federal.
É muito provável que assim tenha sido. Embora explique o desinteresse, não justifica relegar o ato maior da democracia e quando se pode mudar o que se julga errado ou não mais merecedor da confiança do eleitor. Da mesma forma, o pouco tempo - 45 dias - da propaganda nas rádios e TVS, aliado à falta de contribuições de pessoas jurídicas, enfraqueceu as campanhas. Também o grande número de partidos e, consequentemente, candidatos a prefeito e a vereador com certeza ajudou a pulverizar a pouca atenção que os porto-alegrenses vinham dando ao pleito. A pauta nacional e as prisões da Operação Lava Jato concentraram o noticiário. O reflexo foi a grande abstenção, além de votos nulos e brancos. O desencanto nacional se abateu sobre o panorama local.
Os candidatos a vereador podiam gastar até R$ 10.800,00, enquanto aqueles que buscavam a cadeira de prefeito tinham teto de R$ 100 mil. Pouca verba, mas as novas regras foram moralizantes ao extremo. Da mesma forma, sujar as locais de votação com os tradicionais "santinhos" dos postulantes foi proibido, com juiz eleitoral de Minas Gerais mandando os concorrentes limparem. O bom destas eleições é que elas podem ser elogiadas por conta de não terem sido registrados fatos graves no Rio Grande do Sul, como em Goiás, com o assassinato de um candidato a prefeito, ainda que, segundo noticiado, foi por motivo de vingança em razão de desavença profissional fora da discussão política.
Teremos agora um segundo turno em que as propostas dos candidatos ungidos a esta etapa terão igualdade de tempo para exporem suas ideias para solucionar os problemas da Capital. No entanto, não podem eles esquecer que a crise internacional e, mais ainda, a econômico-financeira pelas quais passa o Brasil reduziram drasticamente a arrecadação federal, com o Fundo de Participação dos Municípios minguando. Da mesma forma, o recolhimento de tributos no Rio Grande do Sul, com a queda do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). É dele que advém boa parte das verbas municipais da Capital, junto com o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e o Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI). Logo, não é apenas uma questão de querer, mas poder encarar os encargos com a escassez de dinheiro.
Enfim, pelo menos se acredita que, no segundo turno, haverá uma maior clareza e objetividade nas propostas, com os eleitores podendo decidir entre apenas duas candidaturas. Ouvir, ver, refletir e votar com consciência cívica é o que interessa. Está em jogo uma boa administração para a ainda chamada de Cidade Sorriso que tanto amamos, e pela qual pagamos impostos sempre na expectativa de que tenha mais progresso, saúde, educação e segurança para todos, com um bem-estar coletivo. Enfim, agora ficou tudo para 30 de outubro. Que venha o segundo turno, tão calmo e organizado como o primeiro. É o que os eleitores almejam.
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO