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Internacional

- Publicada em 27 de Outubro de 2016 às 16:16

Oposição convoca greve geral na Venezuela

Protesto realizado na quarta-feira reuniu mais de 100 mil manifestantes em Caracas

Protesto realizado na quarta-feira reuniu mais de 100 mil manifestantes em Caracas


RONALDO SCHEMIDT/AFP/JC
O secretário executivo do partido Mesa da Unidade Democrática (MUD) da Venezuela, Jesus Torrealba Chuo, convocou uma greve geral para esta sexta-feira durante os protestos de mais de 100 mil pessoas que tomaram as ruas do país na quarta para exigir um referendo contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e denunciar o crescente autoritarismo do seu governo. Ele pediu que todos os venezuelanos fiquem em casa em uma greve de 12 horas, aumentando a pressão sobre o regime socialista. Um policial teria morrido durante o protesto, segundo informações do governo.
O secretário executivo do partido Mesa da Unidade Democrática (MUD) da Venezuela, Jesus Torrealba Chuo, convocou uma greve geral para esta sexta-feira durante os protestos de mais de 100 mil pessoas que tomaram as ruas do país na quarta para exigir um referendo contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e denunciar o crescente autoritarismo do seu governo. Ele pediu que todos os venezuelanos fiquem em casa em uma greve de 12 horas, aumentando a pressão sobre o regime socialista. Um policial teria morrido durante o protesto, segundo informações do governo.
Na quinta, foi a vez dos defensores de Maduro saírem às ruas para se manifestar. Em pronunciamento pela TV, o presidente elevou o salário-mínimo em 40%. É a quarta vez neste ano que ele promove tal reajuste. "Em que outra parte do mundo os trabalhadores têm tantos aumentos de salário? Nenhum outro", exaltou.
A partir de segunda-feira, os trabalhadores formais vão receber 90 mil bolívares por mês, nos quais estão inclusos o salário e um auxílio alimentação. O novo valor, porém, equivale, no mercado negro, a apenas US$ 70,00.
A oposição disse que dará ao governo até 3 de novembro para permitir um referendo ainda este ano para potencialmente derrubar Maduro, ou então vai promover uma marcha até o palácio presidencial de Miraflores, no Centro de Caracas. Muitos dos principais líderes da oposição disseram que não iriam participar das próximas negociações com o governo destinadas a resolver a crise política. Essas tratativas estão agendadas para domingo na ilha turística de Margarita, com o Vaticano como mediador.
O presidente da Assembleia Nacional, Henry Ramos Allup, afirmou que foi cortado o fornecimento de energia do Legislativo nesta quinta-feira, para quando se havia convocado uma sessão para discutir a responsabilidade de Maduro sobre a crise política no país. Apesar da falta de energia, a Assembleia manteve a sessão.
A crise na Venezuela se aprofundou desde que o Conselho Eleitoral suspendeu, na semana passada, o processo de convocação de um referendo sobre o mandato de Maduro, que termina em 2019. O órgão se baseou em decisões de tribunais penais de cinco estados, que afirmaram ter encontrado fraudes em assinaturas coletadas pela oposição em maio, na primeira fase do processo.
A MUD acusa o governo de manobrar para que a consulta seja realizada apenas em 2017. Se o referendo ocorrer depois de 10 de janeiro, e Maduro for derrotado nas urnas, assume o vice-presidente Aristóbulo Istúriz. Porém, se a votação acontecer antes dessa data, novas eleições são convocadas em caso de derrota. Segundo o Instituto Datanálisis, 60% dos venezuelanos são favoráveis à destituição do presidente.
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