Aproximadamente 200 países fecharam um acordo para diminuir a emissão de gases que geram efeito estufa usados em geladeiras e aparelhos de ar-condicionado. O anúncio oficial foi feito no sábado.
O acordo inclui as duas maiores economias do mundo, Estados Unidos e China, e também nações em desenvolvimento, como Brasil e Índia. Ele divide os países em três grupos com diferentes prazos para reduzir a emissão de gases HFC (Hidrofluorcarbonetos), cujo impacto no efeito estufa pode ser até 10 mil vezes maior do que o do dióxido de carbono (CO2).
"É um monumental passo à frente", disse o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, ao deixar o encontro sobre o tema em Kigali, capital de Ruanda, na África.
O acordo será incluído no Protocolo de Montreal, conjunto de negociações feitas desde a década de 1980, que buscava, inicialmente, a redução de gases que danificam a camada de ozônio.
Pelo pacto, nações desenvolvidas, incluindo a maior parte da Europa e os EUA, concordaram em reduzir o uso desses gases aos poucos, começando com um corte de 10% até 2019. A meta é aumentar este corte e chegar a 85% de redução até 2036.
Um primeiro grupo de países em desenvolvimento congelará seu uso desses gases em 2024 e outro grupo, em 2028, para, depois disso, baixar o consumo deles. O grupo que inclui Brasil, China e África do Sul terá como meta atingir 85% de redução desses gases até 2045.