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Internacional

- Publicada em 12 de Outubro de 2016 às 15:28

Parlamento vai discutir Brexit

Plano de Theresa May é dar início ao processo até o final de março de 2017

Plano de Theresa May é dar início ao processo até o final de março de 2017


SCANPIX DENMARK / LISELOTTE SABROE/AFP/JC
A premiê britânica, Theresa May, anunciou ontem que haverá discussão no Parlamento antes de o Reino Unido dar início formal a sua saída da União Europeia (UE). 
A premiê britânica, Theresa May, anunciou ontem que haverá discussão no Parlamento antes de o Reino Unido dar início formal a sua saída da União Europeia (UE). 
Não há detalhes de como será o debate, e parlamentares, por ora, não terão direito a voto para decidir a estratégia do chamado Brexit, nome que se dá a esse processo. Mas o anúncio já é, em si, um indício de que May se dobrou à pressão do Partido Trabalhista e a membros de sua própria sigla, o Partido Conservador, que exigem maior transparência em uma decisão que terá tamanho impacto no futuro do país.
O Reino Unido decidiu, na votação de 23 de junho, deixar a UE. A saída, sem precedentes, tem criado temor nos mercados. O Brexit só será iniciado quando o governo acionar o artigo 50 do Tratado de Lisboa. A partir desse momento, as negociações devem durar em torno de dois anos. May já afirmou ter planos de dar início ao processo até o final de março de 2017.
Não está claro até agora, porém, como será a saída. Questões fundamentais, como o futuro dos migrantes e dos acordos de comércio, permanecem sem resposta. Ademais, há desafios vindos de todas as partes do país, incluindo grupos de cidadãos que exigem transferir a decisão final ao Parlamento, em lugar do governo.
May se nega, por ora, a permitir que o Parlamento vote a saída do Reino Unido. A decisão, diz, é prerrogativa do governo. Mas ela estará sob maior pressão se a estratégia do Brexit for de fato debatida pelos legisladores. O cenário até então previso era apresentar um plano já consolidado, em discussões a portas fechadas.
Para a oposição, é importante que haja clareza. Parlamentares afirmaram ontem que a falta de informações tem assombrado os mercados, causando dano à economia. A libra, moeda britânica, por exemplo, desvalorizou-se 18% em relação ao dólar desde o referendo de junho.
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