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- Publicada em 24 de Outubro de 2016 às 22:35

MPT dá prazo para melhorias no Conceição

GHC se manifestou por meio de nota e afirmou que tomará as medidas necessárias para atender solicitações

GHC se manifestou por meio de nota e afirmou que tomará as medidas necessárias para atender solicitações


JONATHAN HECKLER/JC
Deivison Ávila
Não é de hoje que as condições de trabalho dos funcionários do Grupo Hospitalar Conceição (GHC) viram pauta dos principais sindicatos e associações que defendem os direitos de quem arrisca suas vidas para salvar outras vidas. Na semana passada, uma força-tarefa liderada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) foi até o Hospital Conceição, localizado na zona Norte de Poro Alegre, para averiguar de perto a real situação. E o que foi visto é preocupante.
Não é de hoje que as condições de trabalho dos funcionários do Grupo Hospitalar Conceição (GHC) viram pauta dos principais sindicatos e associações que defendem os direitos de quem arrisca suas vidas para salvar outras vidas. Na semana passada, uma força-tarefa liderada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) foi até o Hospital Conceição, localizado na zona Norte de Poro Alegre, para averiguar de perto a real situação. E o que foi visto é preocupante.
O MPT deu prazo de dez dias para que sejam adequadas 12 situações, 30 dias para resolver outros 12 problemas, 60 dias para 11 situações e 90 dias para outros três problemas. Foi recomendada, ainda, a paralisação da atividade ou máquina que apresentar risco grave e iminente de acidente de trabalho ou adoecimento, se necessário, para viabilizar a correção.
O interesse principal da operação foi diagnosticar problemas que comprometem a saúde ou colocam em risco a integridade física e mental dos trabalhadores. O presidente da Associação dos Servidores do Grupo Hospitalar Conceição (Aserghc), Valmor Guedes, que acompanhou de perto a força-tarefa, representando também o SindiSaúde-RS, destacou que, atualmente, dos cerca de 9.300 funcionários do GHC, por volta de 500 estão afastados para tratamento de saúde. "É um clima muito ruim de pressão psicológica, somada com a falta de condições para trabalhar, de material básico, ferramental e instrumental, até para médicos. Ou seja, uma estrutura física totalmente desorganizada e ruim", relatou.
Outra ausência destacada por Guedes é a falta de diálogo - que nunca existiu - entre a direção e os servidores. "Quando eles (funcionários) buscavam uma solução, a posição da diretoria sempre foi autoritária. Nunca teve uma tentativa de resolver esses problemas. Desta vez, o MPT formou uma força-tarefa multiprofissional, que pôde trazer vários olhares para dentro do hospital", explicou. Entre os problemas apontados por denúncias da Aserghc figuram a insuficiência das equipes de enfermeiros e técnicos nas emergências, UTIs e áreas de internação, péssimas condições das macas, cadeiras de rodas e equipamentos que demonstram a situação precária oferecida pela unidade para o exercício da profissão. Como consequência, aumentam os índices de adoecimentos e consequentes afastamentos.
Paralelamente a todo este cenário, nesta quinta-feira, a categoria começa a definir a negociação salarial. Há a possibilidade de que os funcionários paralisem ou decretem greve. Além de representantes do MPT, Aserghc e do SindiSaúde-RS, fizeram parte da força-tarefa profissionais do Centro de Referência da Saúde do Trabalhador (Cerest), Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea), Conselho Regional de Enfermagem (Coren) e Sindicato dos Enfermeiros do Rio Grande do Sul (Sergs).
Procurada para esclarecer qual será a atitude tomada em relação à situação, em virtude dos relatos apontados, a assessoria do Grupo Hospital Conceição emitiu uma nota por e-mail. "A nova diretoria do GHC acolhe com responsabilidade a recomendação entregue pelo MPT e, após análise detalhada, irá se manifestar sobre as medidas que serão tomadas para atender às recomendações e solucionar os problemas", diz o texto.
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