Sobre o Autor
Fabricio Nedel Scalzilli, s�cio da Toro Brazil Partners
Foto: Arquivo Pessoal/Divulga��o/JC

Fabricio Nedel Scalzilli

S�cio da Toro Brazil Partners

Capta��o de recursos em momentos de crise

O desaquecimento da economia que atinge o Brasil vem mudando a mentalidade da maioria dos empresários. Ao invés de aguardarem por soluções do governo ou mudanças significativas no ambiente de negócios, entenderam que era necessário adaptar a estrutura produtiva e financeira de suas empresas. A saída foi abrir a porta das empresas aos fundos de investimento e, a partir dessa realidade, assusta o despreparo da maioria dos empresários em estruturar uma captação junto ao mercado financeiro, em especial aos fundos de private equity.
A intenção já começa equivocada, quando a captação tem como único objetivo corrigir erros do passado. Em momentos de crise, os problemas de caixa e o descasamento do ciclo financeiro na empresa fazem com que se tenha pedidos em carteira represados, por falta de capital de giro e desconfiança dos clientes quanto à entrega dos produtos no prazo estabelecido. Faturamento e a rentabilidade comprometidos.
Na maioria dos casos, sem uma mudança estrutural ou até cultural, os recursos financeiros almejados não terão o real impacto desejado e, ao final, a empresa agregará apenas mais compromissos e custos.
Mais do que analisar o atual momento da empresa, os investidores buscam entender o potencial do negócio e os riscos futuros, verificar se a companhia tem um planejamento estratégico realista, de longo prazo, e uma cultura organizacional forte. Se ela possui condições de reverter o cenário de dificuldades ou de ganhar mercado e escala. O investidor foca em negócios de baixo endividamento e riscos, com boa geração de caixa.
O desafio é grande. O capital próprio passou a ser a alternativa mais viável para financiar uma operação. O custo do capital de terceiro para se tomar dívida, frente aos altos juros cobrados em um ambiente de recessão profunda, está muito alto, afastando as empresas de contratar financiamento perante o mercado tradicional. O capital próprio, de maior risco, que só é remunerado se o negócio tiver êxito, sem garantias ou benefícios, geralmente é reservado para investimentos incrementais e estratégicos. É preciso refletir e analisar o negócio sobre a lógica do investidor e não construir uma foto atual da empresa.
Há quem acredite que uma boa apresentação em powerpoint, com uma história bonita e boas ilustrações, podem por si só atrair interesse e capital. Engano absoluto.
Os profissionais da indústria de fusões e aquisições e private equity estão cada vez mais preparados para identificar os bons negócios e aqueles de alto risco. O capital busca ambiente seguro, baixo risco e boas oportunidades.
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