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Conjuntura

- Publicada em 16 de Outubro de 2016 às 21:47

Alta apesar de crise, desemprego e riscos maiores

Garcia ressalta que, no Brasil, setor ainda tenta vencer pela garra e criatividade

Garcia ressalta que, no Brasil, setor ainda tenta vencer pela garra e criatividade


Fredy Vieira/JC
A violência urbana, os riscos maiores de ser vítima de crime e de ter o carro furtado ou roubado é uma realidade cada vez mais constante - especialmente aos moradores de Porto Alegre, onde os números negativos se espalham por todos os lados e ruas. Apenas nos primeiros seis meses deste ano quase 1 mil veículos foram roubados e furtados no Rio Grande do Sul, de acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado. Em 2015, os números foram ainda mais alarmantes: 38,5 mil carros foram levados de seus donos, que amargam traumas em perdas, assim como as seguradoras, que acabam absorvendo os custos maiores com o pagamento de sinistros, de acordo com a Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg).
A violência urbana, os riscos maiores de ser vítima de crime e de ter o carro furtado ou roubado é uma realidade cada vez mais constante - especialmente aos moradores de Porto Alegre, onde os números negativos se espalham por todos os lados e ruas. Apenas nos primeiros seis meses deste ano quase 1 mil veículos foram roubados e furtados no Rio Grande do Sul, de acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado. Em 2015, os números foram ainda mais alarmantes: 38,5 mil carros foram levados de seus donos, que amargam traumas em perdas, assim como as seguradoras, que acabam absorvendo os custos maiores com o pagamento de sinistros, de acordo com a Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg).
A mesma realidade de insegurança, e ainda mais grave, é o número de latrocínios (140 no ano passado e 89 no primeiro semestre deste ano) e homicídios (2,4 mil em 2015, e 1,34 mil nos primeiros seis meses de 2016). Com maior chance de ser vítima de um crime, que pode deixar órfãos e famílias desamparadas, a tendência seria de uma maior adoção de formas de prevenção econômica. O cenário, que aparentemente levaria as pessoas a investirem mais produtos como seguros de vida e residência, no entanto, tem registrado movimento inverso. Com o desemprego em alta no país (chega a mais de 11%, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas - IBGE), porém, o que vem ocorrendo é o aumento no número de consumidores que não renovam ou não conseguem mais manter o serviço - e passam a conviver com riscos e medos maiores. Ainda assim, com a diversidade de produtos oferecidos a demanda de alguns serviços em alta, o setor deverá crescer em 2016, ainda que desacelerando um pouco o movimento em relação aos últimos anos.
O segmento passou de um acumulo de negócios de R$ 111,2 bilhões em 2010 para R$ 221 bilhões em 2015, de acordo como dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep). O crescimento de quase 100% em cinco anos, para Pedro Hernando Moreira Garcia, diretor do Sindicato das Corretoras de Seguros do Rio Grande do Sul, porém, não correspondia a uma realidade da economia brasileira que seria mantida por muito tempo. Executivo da Liberty Seguros no Rio Grande do Sul, Garcia conta que, ao levarem para sede da empresa, em Boston (EUA) a projeção de manter um crescimento médio de 10% para este ano nos negócios feitos no Brasil, os executivos norte-americanos reduziram a projeção. Em 2012, o setor chegou a elevar sua arrecadação em mais de 18%, de acordo com a CNseg.
"Durante um bom tempo se teve a sensação, por aqui, de aquela economia era a real. Agora as coisas estão se ajustando. Em Boston, apresentamos uma projeção de crescimento de 10%. Acharam alto demais e reduziram. A visão do americano é feita com base muito segura e direta, planejada a partir de indicadores reais. Aqui, nós ainda tentamos vencer na criatividade, na garra. Para eles, porém, não havia razão para manter o otimismo. Não há nenhum indicativo real de melhora na situação no Brasil, reduziram a projeção para o país em 2016", explica Garcia.

Cenário otimista para o próximo ano

Menos de 10% dos brasileiros contam seguro de vida, um dos mercados com potencial para crescimento

Menos de 10% dos brasileiros contam seguro de vida, um dos mercados com potencial para crescimento


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Em fase de projeções para 2017, Pedro Moreira Garcia, diretor do Sindicato das Empresas de Seguros Privados, de Capitalização e de Resseguros, no Estado do Rio Grande do Sul (Sindseg-RS) , diz que os cálculos e estimativas não estão sendo feitos para um cenário otimista. A redução no ritmo dos negócios já registrada neste ano deve seguir o mesmo rumo nos próximos meses. Isso se deve a menor capacidade financeira da população, com renda corroída pela inflação ou reduzida pela perda de trabalho de alguém dentro de casa.
Segundo números anunciados pelo presidente da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg), Marcio Coriolano, o primeiro semestre fechou com evolução de 6,4%, o que ele considera uma boa notícia diante dos dados de setores que influenciam diretamente o mercado. De acordo com a entidade, no acumulado do período - janeiro a junho de 2016 - frente a igual período de 2015, a produção industrial apresentou queda de 9,1%, assim como a fabricação de automóveis (-21,7%), dos bens de consumo duráveis (-22,2%), e bens de capital (-20,1%).
Apesar de o cenário macroeconômico brasileiro ser incerto e não muito positivo em curto prazo, o setor equilibra as contas, as receitas e o ânimo para os negócios de olho em um mercado com potencial imenso e ainda carente de cobertura. O Sindseg aponta que, atualmente, menos de 10% dos brasileiros contam com seguro de vida, por exemplo, um dos mercados com potencial para crescimento na lista de prioridades brasileiras, comenta, o inverso dos mercados americano e europeu.