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Economia

- Publicada em 24 de Outubro de 2016 às 10:51

Mercado reduz previsão de inflação e espera recuo maior do PIB

Agência Estado
Após o Banco Central ter reduzido a Selic (a taxa básica de juros da economia) e atualizado suas projeções de inflação na última quarta-feira (19), os economistas do mercado financeiro também reduziram suas previsões para os índices de preços em 2016 e 2017. O Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira (24), mostra que a mediana das expectativas para o IPCA - o índice oficial de inflação - este ano passou de 7,01% para 6,89%. Há um mês, estava em 7,25%. Já a projeção para o índice no ano que vem foi de 5,04% para 5,00%. Há quatro semanas, apontava 5,07%.
Após o Banco Central ter reduzido a Selic (a taxa básica de juros da economia) e atualizado suas projeções de inflação na última quarta-feira (19), os economistas do mercado financeiro também reduziram suas previsões para os índices de preços em 2016 e 2017. O Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira (24), mostra que a mediana das expectativas para o IPCA - o índice oficial de inflação - este ano passou de 7,01% para 6,89%. Há um mês, estava em 7,25%. Já a projeção para o índice no ano que vem foi de 5,04% para 5,00%. Há quatro semanas, apontava 5,07%.
Em sua decisão de política monetária, o BC reduziu a Selic de 14,25% para 14,00% ao ano. Além disso, condicionou cortes maiores a uma inflação menor no setor de serviços e ao avanço do ajuste fiscal. A instituição também atualizou suas projeções para a inflação nos próximos anos, pelo cenário de referência: 7,0% em 2016, 4,3% em 2017 e 3,9% em 2018. Já o IBGE informou na sexta-feira que o IPCA-15 de outubro subiu 0,19%, o que é a menor taxa para o mês desde 2009. No ano, a alta acumulada é de 6,11% e, em 12 meses, de 8,27%.
No relatório Focus desta segunda-feira, entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para este ano passou de 7,02% para 6,89%. Para 2017, foi de 5,13% para 5,03%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de, respectivamente, 7,30% e 5,50%.
Já a inflação suavizada 12 meses à frente voltou a ceder, passando de 5,05% para 4,95% de uma semana para outra - há um mês, estava em 5,16%.
Entre os índices mensais mais próximos, a estimativa para outubro passou de 0,35% para 0,30%. Um mês antes, estava em 0,40%. No caso de novembro, a previsão do Focus foi de 0,45% para 0,40%. Há quatro semanas, era de 0,46%. No Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado no fim de setembro, o BC havia apresentado suas estimativas mensais para o IPCA: 0,40% para outubro e 0,45% para novembro.
O Relatório de Mercado Focus mostrou leve mudanças nas projeções para os preços administrados deste e do próximo ano. A mediana das previsões do mercado financeiro para o indicador em 2016 caiu de 6,03% para 6,00%. Para o próximo ano, a mediana foi de alta de 5,30% para avanço de 5,28%. Há um mês, o mercado projetava aumento de 6,20% para os preços administrados em 2016 e elevação de 5,45% em 2017.
No Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado na última semana de setembro, o BC projetou que os preços administrados terminarão 2016 com alta de 6,2%, tanto no cenário de referência - que na época utilizava uma Selic a 14,25% e o câmbio a R$ 3,30 - quanto no de mercado.

Previsão de retração do PIB em 2016 passa de 3,19% para 3,22%

A projeção de atividade econômica no País em 2016 apresentou mudança para pior. Pelo documento, as estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) este ano passaram de retração de 3,19% para queda de 3,22%. Há um mês, a perspectiva era de recuo de 3,14%.
Essa piora nas previsões para o PIB surge após o Banco Central divulgar, na semana passada, seu Índice de Atividade (IBC-Br), que recuou 0,91% em agosto ante julho. O indicador também atingiu o menor nível desde dezembro de 2009.
Para 2017, o Focus mostra que a percepção também piorou. O mercado prevê para o País um crescimento de 1,23% no próximo ano, abaixo do 1,30% projetado uma semana e um mês antes.
No segundo trimestre de 2016, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB brasileiro recuou 0,6% ante o primeiro trimestre do ano e teve retração de 3,8% ante o segundo trimestre de 2015. No ano, o PIB acumula baixa de 4,6% e, em 12 meses, recuo de 4,9%. No Relatório Trimestral de Inflação (RTI) do fim de setembro, o Banco Central atualizou suas projeções para o PIB. No caso de 2016, foi mantida a expectativa de recuo de 3,3%. Para 2017, a projeção do BC é de alta de 1,3%.
No relatório Focus divulgado nesta segunda-feira, as estimativas para a produção industrial seguem indicando um cenário difícil. A queda prevista para este ano permaneceu em 6,00%. Para 2017, a projeção de alta da produção industrial seguiu em 1,11%. Há um mês, as expectativas para a produção industrial estavam em recuo de 5,93% para 2016 e alta de 1,00% para 2017.
Já as projeções para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para este ano passaram de 45,00% para 44,90% no Focus. Há um mês, estava em 44,90%. Para 2017, as expectativas no boletim Focus foram de 49,90% para 49,70%, ante projeção apontada um mês atrás de 49,50%.
Em meio à queda acumulada do dólar em 2016, de cerca de 20%, os economistas do mercado financeiro alteraram suas projeções para o saldo da balança comercial em 2016 e 2017. A estimativa de superávit comercial este ano caiu de US$ 49,00 bilhões para US$ 48,06 bilhões, ante US$ 50,00 bilhões de um mês antes. Na estimativa mais recente do BC, o saldo positivo de 2016 ficará em US$ 49 bilhões.
Para 2017, as projeções de superávit comercial do mercado financeiro permaneceram em US$ 45,00 bilhões de uma semana para outra - ante US$ 46,83 bilhões de um mês antes.
No caso da conta corrente, as previsões contidas no Focus para 2016 foram de déficit de US$ 17,10 bilhões para resultado negativo de US$ 18,00 bilhões. Há um mês, o rombo projetado estava em US$ 15,90 bilhões. Para 2017, o mercado alterou a estimativa de saldo negativo nas contas externas de US$ 24,80 bilhões para US$ 25,00 bilhões. Um mês atrás, o déficit projetado era de US$ 24,23 bilhões. Na última semana de setembro, o BC informou que, de janeiro a agosto deste ano, o País acumulou déficit na conta corrente de US$ 13,119 bilhões. Já a projeção da instituição para o déficit em conta em 2016 é de US$ 18,0 bilhões.
Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será mais do que suficiente para cobrir o resultado deficitário neste e no próximo ano. A mediana das previsões para o IDP em 2016 permaneceu, no Focus, em US$ 65,00 bilhões de uma semana para a outra - mesmo patamar de um mês antes. No acumulado deste ano até agosto, o IDP somou US$ 41,101 bilhões e a previsão do BC é que a cifra chegue a US$ 70,00 bilhões até o fim de 2016.
Para 2017, a perspectiva de volume de entradas de investimento direto, de acordo com o Focus, passou de US$ 65,45 bilhões para US$ 68,00 bilhões. Quatro semanas atrás, estava em US$ 65,00 bilhões.
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